Para ser campeão, Rossi precisa de sorte ou de feito inédito na carreira.
3 min readDo Zigzagdoesporte.com.br por ESPN.com.br.
Na briga por seu oitavo título mundial, Valentino Rossi enfrentará obstáculo inédito em sua carreira na derradeira prova da temporada da MotoGP, em Valência, na Espanha. Depois de ter seu recurso negado pela Corte Arbitral do Esporte, o italiano terá que largar na última colocação, a 26ª, algo que não lhe ocorreu nem nas categorias inferiores da motovelocidade.
Aos 36 anos, Rossi acumula 329 largadas na carreira, sendo 269 na MotoGP, 30 nas 250 cilindradas e mais 30 nas 125cc. A pior classificação que o italiano já teve em um grid foi um 21º lugar, em sua 77ª prova na principal categoria da modalidade, no Catar, em 2004. Na ocasião, ele sequer conseguiu completar a prova, abandonando após acidente.
Nas categorias menores, Rossi também não teve bons resultados quando saiu de trás. Quando corria nas 250cc, entre 1998 e 99, o italiano teve como pior largada um 11º lugar, no Japão, em prova em que acabou em sétimo. Já nas 125cc, em 1996, o piloto saiu em 18º na Indonésia e chegou na 11ª colocação.
A boa notícia para Rossi é que, em Valência, ele também não precisa completar a prova para ser campeão. Para isso, porém, precisa de sorte, com seu concorrente pelo título, o espanhol Jorge Lorenzo, terminando abaixo da nona colocação. Hoje, os dois pilotos mais bem colocados no Mundial estão separados por apenas sete pontos (312 a 305).
Para não depender do resultado de Lorenzo, Rossi precisa, ao menos, da segunda colocação. Se acabar em terceiro, é campeão se o espanhol não vencer a prova; se for até sexto, o atual vice-líder pode ser até terceiro; e, se for até nono, o rival não pode ficar no pódio. Com o heptacampeão acabando entre 10º e 15º, Lorenzo não pode estar mais de seis posições a sua frente.
Rossi teve a confirmação de que largaria na última colocação em Valência nesta quinta, quando o CAS rejeitou seu recurso contra a punição dada pela organização da MotoGP depois do incidente com Marc Márquez na Malásia, há duas semanas. O italiano atingiu quatro pontos em sua carteira – o máximo permitido pelo regulamento – após ter dado um chute no espanhol.
O heptacampeão da MotoGP entrou com recurso junto à CAS no último dia 29 de outubro para que os três pontos que o fizeram somar quatro fossem retirados ou diminuídos de sua carteira. “A arbitragem da CAS verificou que as condições para reverter a posição não valem, o que significa que a suspensão imposta pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) terá de ser cumprida no próximo GP em Valência”, diz a nota.
Nas últimas semanas, o heptacampeão passou a reclamar de que Márquez, atual bicampeão, estaria “ajudando” seu conterrâneo Lorenzo durante as provas. Em Sepang, os pilotos se estranharam durante a corrida inteira até o episódio da queda do espanhol. Depois do fim do GP, nos bastidores, os dois ainda trocaram insultos e precisaram ser contidos.