Mais curto, 7 favoritos e ‘toque holandês’: saiba tudo sobre o Giro d’Itália 2016.
8 min readLeonardo Perri, do ESPN.com.br.
Está chegando o dia! Nesta sexta-feira, 6 de maio, terá início uma das três mais importantes disputas de ciclismo do planeta, o Giro d’Itália. Em sua 99ª edição, a prova deste ano promete ser uma das mais disputadas dos últimos tempos, sendo possível listar sete candidatos à vitória. Começando na Holanda e terminado na Itália, a luta pela tradicionalíssima camisa rosa ao final das 21 etapas promete pegar fogo, tendo de fundo, como sempre, as mais belas paisagens. E claro, de novo com transmissão dos canais ESPN.
O Giro d’Itália é considerado a segunda prova ciclística mais importante no calendário mundial, ficando à frente da Volta da Espanha e atrás do Tour de France. É também aquela que abre o calendário das grandes voltas.
Programada para terminar em 29 de maio, a competição terá algumas novidades neste ano: um circuito menor, mais favoritos à conquista do título e um “toque holandês” nos primieros dias, afinal, serão três etapas em cidades do país.
O ESPN.com.br fez um resumo de tudo que você precisa saber para ficar por dentro e não perder nada do que acontecerá no Giro d’Itália:
O CIRCUITO
A principal novidade desta edição, que contará com 21 etapas, é em relação ao percurso. Ao todo, serão exatos 3.463,1 km de extensão, 23,1 km a menos do que o de 2015 (3.486,0 Km) e uma média de 164,9 km por dia.
Ao todo, serão três provas de contrarrelógio individuais, que totalizam 61,1 km, sete etapas planas, sete mistas e quatro chegadas em montanhas. Ano passado, foram um contrarrelógio individual e um por equipe, sete etapas planas, oito em médias motanhas e quatro em altas montanhas.
Serão três dias de descanso para os ciclistas – 9, 16 e 23 de maio.
Apesar de levar Itália no nome, a segunda prova ciclística mais importante do calendário terá seu início em outro país. Os três primeiros dias serão na Holanda. Depois, os atletas irão ao sul da Itália, na região da Calábria, para dar início ao tour pelo país, subindo até o ponto final, em Turim, já no norte.
Etapa 1 – 6 de maio/Apeldoorn (Holanda) – 9,8 km
Etapa 2 – 7 de maio/Arnhem – Nijmegen (Holanda) – 190 km
Etapa 3 – 8 de maio/Nijmegen/Arnhem (Holanda) – 189 km
9 de maio (Descanso)
Etapa 4 – 10 de maio/Catanzaro/Praia a Mare/191 km
Etapa 5 – 11 de maio/Praia a Mare/Benevento/233 km
Etapa 6 – 12 de maio/Roccaraso (Aremogna)/185 km
Etapa 7 – 13 de maio/Sulmona/Foligno/210 km
Etapa 8 – 14 de maio/Foligno /Arezzo/169 km
Etapa 9 – 15 de maio/Chianti Classico Stage Radda in Chianti (CRI)/40,4 km
16 de maio (Descanso)
Etapa 10 – 17 de maio/Campi Bisenzio/Sestola /216 km
Etapa 11 – 18 de maio/Modena /Asolo/212 km
Etapa 12 – 19 de maio/Noale/Bibione/168 km
Etapa 13 – 20 de maio/Palmanova/ Cividale del Friuli /161 km
Etapa 14 – 21 de maio/Alpago (Farra) – Corvara (Alta Badia)/210 km
Etapa 15 – 22 de maio/Castelrotto – Alpe di Siusi (Cronoescalada CRI)/10,8 km
23 de maio (Descanso)
Etapa 16 – 24 de maio/Bressanone – Andalo/133 km
Etapa 17 – 25 de maio/Molveno – Cassano d’Adda/196 km
Etapa 18 – 26 de maio/Muggiò – Pinerolo/234 km
Etapa 19 – 27 de maio/Pinerolo – Risoul/161 km
Etapa 20 – 28 de maio/Guillestre – Sant’Anna di Vinadio/150 km
Etapa 21 – 29 de maio/Cuneo – Torin/ 150 km
OS FAVORITOS
São pelo menos sete os ciclistas que aparecem como fortes candidatos a vestir a camisa rosa (de líder geral) na última prova e conseguir o título:
Mikel Landa
O espanhol de 26 anos, que corre pela Sky Sport, conseguiu seu melhor resultado no Giro d’Italia no ano passado, quando ficou em terceiro. Com vitórias em duas competições neste ano, o ciclista terá uma condição que nunca teve em sua carreira: será líder da equipe, ou seja, todos irão trabalhar para que sua vitória se concretize.
Vicenzo Nibali
O italiano de 31 anos, que corre pela equipe Astana Pro, foi campeão do Giro d’Italia no em 2013 e já ganhou duas provas neste início de ano. Ele, que já conquistou o título nos três Grands Tours (Giro, Volta da Espanha e Tour de France), mas no ano passado não esteve à altura de seu desempenho, e virá com tudo para repetir a vitória.
Alejandro Valverde
Mais um espanhol fortíssimo na briga, talvez o grande favorito. O experiente ciclista de 36 anos, que corre pela equipe Movistar, por incrível que pareça fará sua estreia no Giro d’Italia. Com seis vitórias na temporada, alterou todo seu calendário para chegar à prova preparado.
Rafaell Majka
O polonês de 26 anos da equipe Tinkoff, sexto colocado em 2015, tem uma bagagem que o credencia a surpreender. Foi fiel escudeiro do espanhol Alberto Contador, que não participará neste ano e é atual detentor do título. Conseguiu três vitórias em etapas no Giro e já foi ao pódio na Volta da Espanha.
Esteban Chaves
O colombiano de 26 anos da equipe Orica Greenedge foi a grande surpresa da edição do ano passado. Largou na frente nas primeiras etapas, mas acabou cedendo, caiu demais de produção e terminou em 55º lugar. É uma promessa e pode surpreender.
Tom Dumoulin
O holandês de 25 anos, que corre pela equipe Giant Alpecin, é outro que também vai debutar no Giro d”Italia e é tratado como incógnita. Esteve muito próximo de conquistar a Volta da Espanha em 2015, mas agora, com a vitória engasgada, aposta todas suas fichas no Giro d’Italia.
Domenico Pozzovivo
O italiano de 23 anos, que corre pela AG2R La Mond, parecia a grande esperança do país no ano passado. No entanto, uma queda inesperada o obrigou a abandonar o circuito. Estará à frente de companheiros fortes em montanhas e de uma equipe que nunca foi ao pódio na competição.
EQUIPES E CICLISTAS
Serão, ao todo, 22 equipes – cada uma com nove competidores – no Giro d’Italia em 2016, com 198 ciclistas de 32 nacionalidades, incluindo um brasileiro: Murilo Fischer, que correrá pela FDJ.
Veja equipes, países de origem e ciclistas:
1 – AG2R La Mondiale (França) – Domenico Pozzovivo, Guillaume Bonnafond, Axel Domont, Hubert Dupont, Patrick Gretsch, Hugo Houle, Biel Kadri, Matteo Montaguti e Jean-Christophe Peraud
2 – Astana pro Team (Cazaquistão) – Vincenzo Nibali, Valerio Agnoli, Eros Capecchi, Jakob Fuglsang, Tanel Kangert, Bakhtiyar Kozhatayev, Davide Malacarne, Michele Scarponi e Andrey Zeits
3 – Bardiani CSF (Itália) – Stefano Pirazzi, Simone Andreetta, Paolo Simion, Enrico Barbin, Nicola Boem, Francesco Bongiorno, Giulio Ciccone, Sonny Colbrelli, Mirco Maestri e Nicola Ruffoni
4 – BMC Racing Team (EUA) – Philippe Gilbert, Manuel Senni, Darwin Atapuma, Alessandro De Marchi, Silvan Dillier, Stefan Küng, Daniel Oss, Manuel Quinziato, Joey Rosskopf e Rick Zabel
5 – Cannodale Pro Cycling Team (EUA) – Rigoberto Uran, André Fernando Cardoso, Simon Clarke, Joe Dombrowski, Davide Formolo, Moreno Moser, Ramunas Navardauskas, Davide Villella, Alberto Bettiol, Nathan Brown e Michael Woods
6 – Dimension Data (África do Sul) – Igor Antón, Omar Fraile, Jim Songezo, Nathan Haas, Merhawi Kudus, Kristian Sbaragli, Konstantsin Sivtsov, Jay Thomson, Johann Van Zyl e Jaco Venter
7 – Etixx – Quick Step (Bélgica) – Marcel Kittel, Gianluca Brambilla, David de la Cruz, Bob Jungels, Fabio Sabatini, Pieter Serry, Matteo Trentin, Carlos Verona e Lukasz Wisniowski
8 – FDJ (França) – Arnaud Démare, Arnaud Courteille, Mickael Delage, Murilo Fischer, Alexandre Geniez, Ignatas Konovalovas, Olivier Le Gac, Marc Sarreau, Cedric Pineau e Benoît Vaugrenard
9 – Gazprom-Rusvelo (Rússia) – Alexander Kolobnev, Ildar Arslanov, Aleksey Rybalkin, Artur Ershov, Sergey Firsanov, Alexander Foliforov, Artem Ovechkin, Ivan Savitskiy, Alexander Serov e Andrey Solomennikov
10 – IAM Cycling (Suíça) – Heinrich Haussler, Matthias Brandle, Leigh Howard, Roger Kluge, Matteo Pelucchi, David Tanner, Stefan Denilf, Larry Warbasse, Marcel Wyss, Vegard Stake Laengen e Oliver Zaugg
11 – Lampre – Merida (Itália) – Diego Ulissi, Valerio Conti, Roberto Ferrari, Ilia Koshevoy, Sacha Modolo, Matej Mohoric, Manuele Mori, Przemyslav Niemiec e Simone Petilli
12 – Lotto Soudal (Bélgica) – Tim Wellens, Lars Bak, Sean de Bie, André Greipel, Adam Hansen, Pim Ligthart, Maxime Monfort, Jurgen Roelandts, Jelle Vanendert
13 – Movistar Team (Espanha) – Alejandro Valverde, Andrey Amador, Alex Dowsett, Carlos Betancur, José Herrada, Javier Moreno, José Joaquín Rojas, Rory Sutherland, Jasha Sütterlin e Giovanni Visconti
14 – Nippo – Vini Fantini (Itália) – Damiano Cunego, Giacomo Berlato, Alessandro Bisolti, Grega Bole, Riccardo Stacchiotti, Pier Paolo De Negri, Iuri Filosi, Eduard Grosu, Kazushige Kuboki, Genki Yamamoto e Gianfranco Zilioli
15 – Orica Greenedge (Austrália) – Joan Esteban Chaves, Sam Bewley, Caleb Ewan, Michael Hepburn, Damien Howson, Luka Mezgec, Rubén Plaza, Svein Tuft e Amets Txurruka
16 – Team Giant – Alpecin (Alemanha) – Tom Dumoulin, Nikias Arndt, Bert de Backer, Chad Haga, Cheng Ji, Tobias Ludvigsson, Fredrik Ludvigsson, Georg Preidler, Tom Stamsnijder, Albert Timmer
17 – Team Katusha (Rússia) – Ilnur Zakarin, Maxim Belkov, Pavel Kochetkov, Viacheslav Kuznetsov, Sergey Lagutin, Anton Vorobyev, Alexander Porsev, Egor Silin, Rein Taaramae e Aleksei Tcatevitch
18 – Team Lotto Nl – JUMBO (Holanda) – Steven Kruijswijk, Enrico Battaglin, Victor Campenaerts, Moreno Hofland, Twan Castelijns, Martijn Keizer, Primoz Roglic, Bram Tankink, Maarten Tjallingii e Jos van Emden
19 – Team Sky (Grã-Bretanha) – Mikel Landa, Ian Boswell, Philip Deignan, Sebastián Henao, Mikel Nieve, Sergio Henao, Christian Knees, David López, Nicolas Roche e Elia Viviani
20 – Tinkoff (Rússia) – Rafal Majka, Manuele Boaro, Pavel Brutt, Jesús Hernández, Jay McCarthy, Pawel Poljanski, Ivan Rovny, Evgeni Petrov e Matteo Tosatto
21 – Trek – Segrafedo (EUA) – Ryder Hesjedal, Eugenio Alafaci, Jack Bobridge, Fabian Cancellara, Marco Coledan, Laurent Didier, Giacomo Nizzolo, Boy Van Poppel e Riccardo Zoidl
22 – Wilier – Southeast (Itália) – Filippo Pozzato, Julen Amerzqueta, Manuel Belletti, Liam Bertazzo, Matteo Busato, Samuele Conti, Cristian Rodríguez, Jakub Mareczko, Daniel Martínez, Enrique Sanz e Eugert Zhupa
AS CAMISAS
Como é tradicional nas grandes provas ciclísticas, são camisas de diferentes cores que indicam os status dos líderes da competição em suas diferentes categorias. No caso do Giro, são quatro, representadas pelas cores rosa, azul, vermelha e branca.
Entenda o significado de cada uma:
Rosa: utilizada pelo líder da classificação geral, por tempo. Mas por que rosa? Porque esta é a cor de impressão do principal divulgador e organizador da prova, o jornal italiano “La Gazzetta dello Sport”;
Azul: quem a veste é o líder entre os pontuadores nos trechos de montanha;
Vermelha: utilizada pelo velocista (sprinter) que mais somar pontos;
Branca: o dono será o ciclista mais jovem – até os 25 anos – que tiver o melhor tempo na classificação geral.