Algozes, mexicanos perdem, e Brasil dá adeus ao primeiro dia do taekwondo no Rio-2016
2 min readRicardo Zanei, do Rio de Janeiro (RJ), para o ESPN.com.br
Brasil 0 x 2 México. Para continuar na briga pelo bronze, Iris Tang Sing e Venilton Teixeira tinham que torcer justamente para os seus algozes mexicanos. Não deu, e o Brasil se despediu do primeiro dia de competições do taekwondo nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
A fórmula de disputa da competição prevê que um lutador derrotado, caso dos brasileiros nas quartas de final, siga para a repescagem – e tenha chance de entrar na briga por uma medalha de bronze – caso o atleta que o derrotou alcance a final. Ou seja, é torcer para quem acabou de ganhar de você. “Faz parte, é o esporte. Tem que torcer, não tem jeito”, disse Iris.
Não deu. Nem para o Brasil, nem para o México.
Depois de perder por 14 a 4 para Itzel Adilene Manjarrez Bastidas, Iris, bronze no Mundial e nos Jogos Pan-Americanos, ambos de 2015, tinha que torcer para a algoz. A brasileira já previa o pior.
“Vai ser difícil ela ganhar da chinesa. Mas vou torcer, tenho que torcer para ela”, disse Iris. A chinesa, no caso, é Jingyu Wu, atual bicampeã olímpica e bicampeã mundial. A esperança, então, invadiu a Arena Carioca 3, quando a asiática foi eliminada pela sérvia Tijana Bogdanovic, campeã europeia e terceira colocada no Mundial do ano passado.
A chave ficaria aberta. Mas Bogdanovic aprontou mais uma vez, derrotou Bastidas com facilidade, por 10 a 0, e acabou com as chances de Iris seguir na disputa. “No México, o taekwondo é o esporte número 2. O objetivo era ganhar, mas tive dificuldades com a perna muito solta dela. Estava fluindo muito bem, mas tomei um chute no rosto e acho que me desequilibrou. Pegou, faz parte”, disse a brasileira, ainda sobre a sua derrota.
Masculino
Situação semelhante viveu Venilton Teixeira após a derrota para Carlos Navarro Valdez. Restava torcer para o algoz e, ao contrário de Iris, ele acreditava nas chances de pódio. “O mexicano é um forte candidato a final”, afirmou.
No caminho de Valdez, o chinês Shuai Zhao, de 21 anos, promessa do país e terceiro no Mundial do ano passado. A história se repetiu, o asiático levou a melhor por 9 a 4 e encerrou as chances de medalha dos brasileiros.
No primeiro dia do taekwondo no Rio-2016, não deu. Nem para o Brasil, nem para o México.