Cinco jogadores de vôlei cubanos são condenados a prisão na Finlândia por estupro. Leia e entenda o caso.
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Do Zigzagdoesporte.com.br por Carlos Fiúza com Agência AFP e Agência EFE.

Um tribunal de primeira instância na Finlândia condenou nesta terça-feira à prisão cinco jogadores cubanos de vôlei. Eles foram julgados no país nórdico por estupro agravado contra uma mulher finlandesa em 2 de julho.
O tribunal impôs pena de cinco anos de prisão a Rolando Cepeda Abreu (capitão, de 27 anos), Abraham Alfonso Gavilán (21), Ricardo Norberto Calvo Manzano (19) e Osmany Santiago Uriarte Mestre (21) e de três anos e meio a Luis Tomás Sosa Sierra (21). Já Dariel Albo Miranda (24) foi absolvido da mesma acusação.
A corte distrital disse que a mulher finlandesa, que não teve sua identidade revelada, foi atacada durante a noite no hotel onde a seleção cubana estava hospedada para a disputa da Liga Mundial de Vôlei , em Tampere.
Poucos detalhes foram divulgados à imprensa e ao público, e o julgamento foi realizado a portas fechadas para proteger a vítima.
De acordo com a sentença, os jogadores “forçaram juntamente e em mútuo consentimento diversos atos de relação sexual o que significa violência e tirando vantagem do estado de medo e desamparo (dela).”
O tribunal disse que absolveu Dariel Albo Miranda, depois que a vítima e seus colegas terem confirmado sua argumentação de que ele não participou do estupro.
Segundo relatou à imprensa local uma pessoa próxima à seleção cubana, um dos membros da equipe iniciou a conversa com a suposta vítima logo após a meia-noite, fora do hotel, perto de um movimentado clube noturno.
Depois da conversa, a mulher concordou em subir para o quarto do atleta, onde estava seu companheiro de quarto e que mais tarde chegaram outros membros da equipe.
Ao amanhecer, a suposta vítima denunciou o estupro para agentes da polícia local, que ao longo do fim de semana prenderam um total de oito jogadores.
Depois de tomar o depoimento da mulher e interrogar todos os suspeitos, a polícia colocou em liberdade dois dos atletas detidos e pediu prisão preventiva para os outros seis.
Poucos dias depois, um tribunal ordenou que os acusados fossem presos até a realização do julgamento, devido ao risco de fuga e a gravidade do crime eram acusados.
O julgamento foi realizado a portas fechadas entre os dias 29 e 31 do mês passado, em um tribunal distrital de Tampere, com a ajuda de vários intérpretes de espanhol.
No final da audiência, o tribunal, composto por três magistrados, ordenou a imediata libertação de Dariel Albo Miranda, que retornou para Cuba pouco depois, e manteve a prisão condicional para os outros cinco acusados.
O incidente foi um duro golpe para a equipe cubana de vôlei nas vésperas de sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, já que o escândalo obrigou à federação de Cuba a substituir a comissão técnica e meia equipe olímpica a poucas semanas do início da competição.
No Rio de Janeiro, Cuba perdeu as cinco partidas que disputou e venceu apenas um set.