São Paulo quer acabar com reeleição e dirigentes amadores; confira.
3 min readDo Zigzagdoesporte.com.br por ESPN.com.br.
O São Paulo divulgou, nesta terça-feira, a proposta de novo estatuto do clube. Entre as principais mudanças, estão o fim da reeleição para presidente, que passaria a ter mandato limitado a quatro anos; e a implementação de “diretorias profissionais e remuneradas”. As novidades ainda dependem de aprovação do conselho.
O processo de reforma no estatuto teve início no último mês de agosto. Uma comissão foi nomeada pelo atual presidente tricolor Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e pelo presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Pupo. A dupla não interferiu no trabalho do grupo, que recebeu sugestões de conselheiros e sócios.
Outros clubes também foram ouvidos. A proposta de Abílio Diniz, que é associado, de criar um comitê gestor, por exemplo, foi deixada de lado depois de conversa com o Santos. O que o São Paulo propõe é a criação de um conselho de administração de nove pessoas.
O órgão seria formado por presidente e vice, eleitos; quatro pessoas indicadas pelo mandatário, sendo que três destas teriam que ser de fora do clube; duas do Conselho Deliberativo e um do Conselho Consultivo (composto por ex-presidente e são-paulinos notáveis, como é o caso de Abílio).
As políticas definidas por esse conselho passariam a ser executadas por uma diretoria profissional, que receberia remuneração “compatível com o mercado”, segundo a proposta estatutária. A medida põe fim aos cargos de vice-presidentes estatutários que hoje existem no clube – futebol, administração, social, patrimônio e marketing.
Para o presidente, a principal mudança é a impossibilidade de reeleição imediata, limitando o mandato a quatro anos. A data da eleição, que atualmente ocorre no mês de abril, também mudaria, passando a ser realizada em dezembro – em caso de aprovação da proposta, o próximo mandato se iniciaria em abril de 2017 e iria até dezembro de 2020.
Para o Conselho Deliberativo, também há proposta de mudança no número de representantes. O clube passaria a contar com 260 conselheiros e não mais 240, sendo que esses 20 seriam eleitos, o que altera a proporção em relação aos membros vitalícios do órgão.
A proposta divulgada nesta terça será ainda submetida a propostas de emendas, no prazo de dez dias; e retornará para a comissão para análise, com prazo de mais dez dias. A partir daí, o novo estatuto será verificado e votado pelo Conselho Deliberativo e posteriormente passará por votação em uma assembleia geral de sócios.