Super Bowl LIII reúne maior duelo de gerações da história da NFL; confira.
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Do Zigzagdoesporte.com.br por gazetaesportiva.com
Marque em seu calendário: neste domingo, às 21h30 (horário de Brasília), New England Patriots e Los Angeles Rams disputam, em Atlanta, o Super Bowl LIII. A 53ª edição da grande final da NFL (National Football League), principal associação de futebol americano do planeta, promete o maior duelo de gerações da história da liga em campo, e longe dele, uma movimentação financeira significativa.
Inaugurado há dois anos, o Mercedez-Benz Stadium, casa do Atlanta Falcons, da NFL, e do Atlanta United, atual campeão da MLS (liga de futebol norte-americana), será o palco da decisão do futebol americano, que terá a cantora de blues e souls Gladys Knight, sete vezes vencedora do Grammy e nascida em Atlanta, como artista responsável pelo hino nacional dos Estados Unidos. Já a banda Maroon 5 irá tocar no famoso show do intervalo, com parcerias de Travis Scott e Big Boi.
A questão financeira e comercial do Super Bowl também é um dos feitos da NFL. O fato de ser um dos eventos mais rentáveis e assistidos do mundo se prova, por exemplo, com a audiência superior 110 milhões de pessoas e o valor dos comerciais na TV norte-americana durante a decisão, que em 2019 deve ultrapassar os 5 milhões de dólares (cerca de R$ 18,5 milhões) por 30 segundos.
Neste domingo, porém, a questão comercial é o que menos importa para New England Patriots e Los Angeles Rams, que entram em campo buscando apenas um objetivo: o troféu Vince Lombardi. Feito de prata de lei, o artifício tem o formato de uma bola de futebol americano no topo, possui 56 cm, pesa 3,2 Kg, possui valor estimado em 50 mil dólares (cerca de R$ 183,1 mil) e é uma homenagem ao primeiro treinador vencedor do Super Bowl.
Brady x Goff marca o confronto entre gerações
Quando o experiente Tom Brady disputou seu primeiro Super Bowl, Jared Goff, seu oponente neste domingo, tinha apenas sete anos de idade. Não à toa que a decisão da temporada da NFL nesta temporada ganhou a alcunha de “duelo das gerações”. Os dois quarterbacks são responsáveis pela maior diferença de idade na final da disputa: 17 anos (Brady tem 41, enquanto Goff está com 24).
Os Patriots, aliás, apostam em Brady, marido da modelo brasileira Gisele Bundchen, e em seu DNA vencedor para conquistarem seu sexto título na história. O currículo do responsável pelos lançamentos e por comandar o ataque, por sinal, é extenso: são cinco conquistas de Super Bowl, quatro prêmios de MVP das finais, três títulos de MVP da temporada regular, além do maior número de jogos vencidos por um quarterback, maior número de triunfos no Super Bowl para um atleta da posição e maior quantidade de aparições na grande decisão da NFL.
Por outro lado, há Jared Goff. Apesar de não ser o maior protagonista do esquema ofensivo do Los Angeles Rams – que conta com um jogo terrestre liderado por Todd Gurley, sua principal esperança de pontos para a decisão, e play actions (jogadas em que o ataque finge a corrida e vai para o passe) decisivos -, o jovem quarterback da Califórnia fez uma boa temporada pela equipe. Ao longo do ano, foram 32 touchdowns, rating (projeção matemática que leva em consideração as estatísticas) de 101.1 e 4688 jardas acumuladas no ataque.
Belichick X McVay: O duelo de “gênios”
O Super Bowl LIII, apelidado de “SB das gerações”, não se limita apenas a posição de quarterback e ao duelo entre Tom Brady e Jared Goff. As sidelines (laterais do campo, em português) também reservam um confronto bastante esperado entre dois dos maiores cérebros da NFL atualmente e de suas respectivas gerações: Bill Belichick e Sean McVay.
De um lado, 66 anos de idade, cinco anéis de SB e a garantia de presença futura no Hall da Fama da NFL. Do outro, 35 anos mais novo, o treinador mais jovem da liga, em sua segunda temporada como treinador principal. Esse é o cenário no qual se enfrentam, respectivamente, Belichick e McVay, na maior diferença de idade entre treinadores na história do Super Bowl: 33 anos.
A discussão quanto ao maior treinador da história da NFL é polêmica. Entretanto, algo é unanimidade: Bill Belichick é um dos grandes nomes da disputa. Recordista de aparições em Super Bowls, com nove, contando a deste domingo, e dono de cinco títulos, o head coach (treinador principal, em português) do New England Patriots é um dos principais “cérebros” da NFL e conta com a parceria de Tom Brady a fim de consolidar a dinastia da franquia de Boston na divisão, na Conferência Americana e, possivelmente, em decisões.
Se um lado da sideline terá um dos grandes nomes da história quando diz respeito a função de treinador da NFL, do outro ficará um dos principais prospectos da liga: Sean McVay. Aos 33 anos, o treinador do Los Angeles Rams está em sua segunda temporada na função principal da comissão técnica e é conhecido por ser um “bitolado” pelos aspectos do jogo e intenso na linha lateral, um contraste com o seu adversário neste domingo.
New England Patriots: manutenção do legado e dominância
Acostumado com o sucesso, os Patriots começaram a temporada com desfalques no elenco e até mesmo na comissão técnica. Logo após o Super Bowl do ano passado, os Lions contrataram Matt Patricia, então coordenador defensivo da equipe, para o cargo de técnico. Enquanto isso, Josh McDaniels foi seduzido pelo Indianapolis Colts, mas voltou atrás e optou por permanecer na comissão do time de New England. Além disso, as ausências de Danny Amendola, que assinou com o Miami Dolphins, e Malcolm Butler, transferido para o Tennessee Titans, prometiam ser sentidas.
O começo de temporada não foi dos melhores para os Patriots. Após a vitória na primeira semana, diante do Houston Texans, o time de Bill Belichick acumulou duas derrotas consecutivas para Jaguars e Lions. No entanto, sob a liderança de Tom Brady, o clube conseguiu seis triunfos seguidos e colocou-se em boa posição para alcançar os playoffs da NFL em uma divisão sem fortes concorrentes.
Depois da campanha de 11 vitórias e cinco derrotas na temporada regular, a equipe de New England ficou em boa colocação na tabela da Conferência Americana e conseguiu o descanso previsto para a primeira semana do mata-mata da liga.
Contra o Los Angeles Chargers, no Gilette Stadium, o time de Brady e Belichick não encontrou dificuldades. A primeira rodada dos playoffs foi mais tranquila do que parecia: no primeiro tempo de partida, os Patriots já tinham vantagem de 28 pontos no placar do confronto. A partir daí, foi só administrar a vantagem, vencer por 41 a 28 e carimbar passagem para a grande decisão da Conferência Americana, contra o Kansas City Chiefs.
Diante da sensação Patrick Mahomes e da pressão do Arrowhead, pesou a experiência da melhor combinação entre quarterback e técnico da história da NFL. Mesmo com os Chiefs se recuperando na etapa final do embate, que contou com muita emoção, o time de New England conseguiu a vitória na prorrogação com um touchdown decisivo e garantiu um lugar no Super Bowl LIII.
Los Angeles Rams: “O Processo”
Enquanto os Patriots já possuem uma hegemonia consolidada na Conferência Americana e uma história vitoriosa nas mãos da parceria formada dentro de campo por Tom Brady e Bill Belichik, os Rams chegam à Atlanta como o símbolo de um projeto que se desenhou vencedor mesmo sem o troféu Vince Lombari. E isso começa pelas ideias inovadoras do jovem cérebro de Sean McVay.
Contratado em janeiro de 2017, McVay transformou a franquia, a mentalidade e a forma de se jogar futebol americano nos Rams. As campanhas ruins foram embora e logo em sua temporada de estreia o jovem treinador conseguiu 11 vitórias em 16 partidas, levou a o time ao título da Divisão, mas caiu para o finalista Atlanta Falcons por 26 a 13 em sua primeira aparição nos playoffs.
Uma temporada de experiência foi suficiente para McVay, o time dos Rams e, principalmente, para o jovem quarterback Jared Goff. Prova disso foi o início com oito vitórias consecutivas, o melhor da franquia desde 1969. Na semana nove, porém, uma derrota para o New Orleans Saints não deu fim apenas à boa fase, mas também à consistência que marcou positivamente o time durante boa parte da temporada.
As vitórias, em sua maioria, continuaram vindo. As boas atuações, nem tanto. Depois do primeiro revés, os Rams bateram os Seahawks com muitas dificuldades, venceram os Chiefs, time sensação da temporada, e passaram pelos Lions até sofrerem duas derrotas consecutivas, para Bears e Eagles, equipes com boas defesas, mas com ataques instáveis.
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