NOTICIÁRIO DO MUNDIAL DE ATLETISMO PARA OLÍMPICO. VEJA DETALHES DAS PROVAS DOS BRASILEIROS !
4 min readPor Carlos Fiúza de Salvador para o Zigzagdoesporte.com.br
O Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro nesta edição do Mundial de Atletismo Paralímpico, sediado em Paris, na França. Ricardo Gomes escreveu seu nome na história da competição ao bater o recorde dos 100 metros rasos T37 com o tempo de 11s21. O indonésio Saptoyogo Purnomo e o também brasileiro Christian da Costa completaram o pódio.
Ricardo Gomes celebra a vitória na prova — Foto: Ale Cabral/CPB
– É maravilhoso estar aqui. Em dezembro do ano passado, eu rompi o ligamento patelar do joelho que já tenho a paralisia. Eu mesmo achei que não voltaria. Pensei em desistir, mas voltei! E consegui a primeira medalha de ouro do Brasil nesse Mundial. Não há limites, galera, é só acreditar. Estou feliz mesmo. Quero falar à iniciativa privada: “Vamos apoiar o esporte paralímpico, porque trazemos muitas medalhas. Valeu, Brasil! – declarou o atleta, que ganhou a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021.
Ricardo Gomes assinalou o melhor tempo do campeonato nas eliminatórias (11s25) e, na final, conseguiu ser ainda mais rápido, se tornando o recordista da prova na competição.
Por fim, o carioca Wallace dos Santos conquistou o bronze no arremesso de peso classe F55 com a marca de 11,87m em sua última tentativa. A vitória foi do búlgaro Ruzhdi Ruzhdi, que arremessou o peso em 12,68m, e a prata ficou com o polonês Lech Stoltman, com 12,27m.
Wallace dos Santos na prova do arremesso de peso do Mundial de Paris — Foto: Alexandre Schneider / CPB
– A prova foi boa. Prova de arremesso não pode errar, infelizmente eu errei, demorei pra amarrar a cadeira. Eu acabei entrando meio frio e isso me atrapalhou. A gente aprende. Meu primeiro mundial saí com a medalha, tô feliz. Também tô triste porque perdi o recorde mundial. Mas temos parapan e ano que vem tem paralimpiadas e eu vou buscar o meu ouro de novo – afirmou Wallace.
A delegação brasileira chegou a capital francesa com número recorde de atletas, são 54 representantes. A meta do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é terminar a competição no alto do quadro de medalhas, assim como aconteceu em Dubai 2019, quando o país terminou em segundo lugar com 39 medalhas (14 de ouro, nove de prata e 16 de bronze).
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