“Fui internada duas semanas antes da seletiva com apendicite. Foi um momento muito difícil e de muita incerteza, estava sem chão. Tive a opção de operar, o que complicaria muito minha ida à Olimpíada, ou de tomar antibiótico. Tomei e me ajudou até certo ponto, mas nadei com um pouco de dor”, disse a atleta à ESPN.

Mas, apesar de não ter conquistado uma vaga individual, Stephanie vai aos Jogos Olímpicos pela segunda vez para representar o Brasil nas provas de revezamento 4x100m, 4x200m livre e 4×100 medley misto.

“Eu não acredito muito em desculpas, já competi até com dengue, mas dessa vez foi um pouco mais difícil mentalmente do que qualquer outra coisa. Não foi o resultado que eu queria na seletiva, mas considerando tudo o que aconteceu, poder ir para três revezamentos foi muito bom”, diz.

Agora, a 73 dias do início dos Jogos Olímpicos de Paris, a competidora vive o drama de não saber se precisará ou não de cirurgia para resolver o seu problema. Segundo um estudo feito pela JAMA, revista médica mensal norte-americana que trata sobre saúde, no dia 25 de setembro de 2018, descobriu que “muitas pessoas com apendicite aguda não complicada podem ser tratadas com segurança com antibióticos e evitar uma apendicectomia”.

“Na verdade eu nem sei se vou precisar fazer cirurgia. Eu vou ser internada e descobrir se é muito perigoso tirar (o apêndice). Se for muito perigoso, eu não posso. Não sei se isso é consequência dos meus próprios atos de não ter operado antes, mas de novo, não me arrependo de não ter feito a cirurgia antes. Se eu tiver que operar é melhor agora, um tempinho antes das Olimpíadas”, conta a atleta.