REPESCANDO EM SNAPPER

Do Zigzagdoesporte por By Edinho Leite

Published Monday March 3, 2014

A primeira etapa do WCT 2014, na Austrália, viu o tricampeão mundial Mick Fanning vencer Banting sem maiores problemas [13.67 X 9.17] na primeira bateria da repescagem.
Paciência é bom, mas tem limite… Tiago Pires e Jordy Smith. Manobras amplas e poderosas de ambos, com diferença de 0.03 para o português. Jordy, com a maior nota da bateria, resolveu esperar [16 min] pela onda certa que nunca veio, 12.70 X 12.67 e o prêmio de “paciência de bóia”, pelo total de 6 ondas em duas baterias que perdeu. O “pé leve” Simpson não conseguiu lincar muito bem as manobras, mas virou mesmo sem prioridade. Quando Julian finalmente respondeu a diferença ficou clara. Mais velocidade, precisão e pressão. Os juízes demoraram a decidir por quanto e o resultado óbvio só saiu depois do fim da disputa [13.56 X 9.00].

Kai Otton, tic-tac previsível de backside, afiado, mas sem emoção. Mesmo balançando demais o braço direito o estreante Dion Atikinson foi mais versátil, vertical e pegou as melhores. [16.23 X 7.00]

“Agaixadinho” Logie reclassificou-se para o CT via WQS. John John é o cara, mas nem um nem outro pode fazer muito com poucas ondas. Uma melhor apareceu e JJFlo mandou duas rasgadas e, claro, não se conteve. Jogou aquele layback absurdo, mas diferente da manobra incrível que acertou no 1º round, essa não deu certo e ele desperdiçou uma boa oportunidade de ficar mais à frente. Logie viajou e perdeu a prioridade, mas retomou e pegou a melhor onda da bateria. Detonou com quatro porradas de back, seguras. Jonflo ficou devendo 9.94.

BRASIL NO MAR
Para variar demoraram demais para colocar o evento em stand by. Raoni Monteiro não tem um histórico de boa escolha de ondas e para piorar, nas que entrou exagerou e errou. Tomou um wipe out tão grande numa que perdeu a lycra. Por sorte não detonou o joelho. Owen Wright soube administrar a fraca bateria com seu forte ataque de back, mas também errou um bocado. [11.10 X 9.37]. Adriano e Aritz entraram, daí resolveram parar o evento. Stand by por 1:30h.

Quando o evento recomeçou Adriano abriu uma vantagem, mesmo caindo na finalização. Aritz empatou depois de partir uma prancha e pegar um bom tubo ao voltar de prancha nova. Adriano forçou demais no que poderia ser a melhor onda da bateria e acabou ficando na primeira manobra.  Empatados em 8.17, o brasileiro esperou e conseguiu uma ótima onda variando rasgadas e pauladas, mostrando a energia de sempre e um ângulo de curva na base que Aritz sonha em ter. Só que as ondas estavam melhorando e o basco conseguiu um bom tubo e rasgadas, mesmo parecendo mais preso. Brigou, mas não passou. [14.17 X 10.07]

Filipe abriu com várias rasgadas desgarrando a rabeta. O local Mitch Crews repondeu com menos ginga e mais power. Mesmo enganchando as bordas em várias manobras passou Toledo, que imbicou na resposta, enganado pelo balanço da onda. O estreante Mitch, um pouco ansioso, foi construindo sua somatória e Filipe, sozinho lá fora, estava mal colocado para uma das melhores ondas da bateria. Não conseguiu entrar e ficou tiririca. Foi o começo do fim. Deixou uma onda para o australiano. Não sei se resolveria a vida do brasileiro, mas com certeza melhorou a do australiano que o deixou precisando de 7.94. Mitch remou lá para fora, Filipe o seguiu. Era tudo o que o australiano queria. Depois de perder uma Filipe perdeu todas. [11.66 X 7.83]

Com dois momentos de stand by, pela manhã e no meio do dia, por conta das más condições do mar, o Quiksilver Pro ficou só nessas 8 baterias. Amanhã, se o mar permitir, terminarão esse 2º round.

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