Brasil supera traumas, joga bem e vence a França na estreia. Confira detalhes da vitória brasileira no mundial.
3 min readThiago Arantes, de Granada (Espanha).
Os erros de lances livres, os apagões, as falhas nos minutos finais… A seleção brasileira teria de superar muitos traumas para vencer a França na estreia do Mundial de basquete masculino, em Granada, na Espanha. Pois, um a um, os traumas caíram por terra.
O Mundial masculino de basquete, que acontece na Espanha até o dia 14 de setembro, tem transmissão dos canais ESPN e do WatchESPN; o ESPN.com.br também cobre o evento in loco.
O Brasil venceu a seleção campeã europeia por 65 a 63 e já deu um passo importante rumo à classificação para a segunda fase – o rival era considerado um dos mais complicados da primeira fase, no grupo A, inclusive candidato a medalhas na competição.
A França não tinha seus dois principais jogadores, Tony Parker e Joakim Noah, que abriram mão de disputar o torneio. O Brasil tinha o que produziu de melhor nas últimas gerações de seu basquete. E, neste sábado, os talentos individuais trabalharam de forma coletiva, em uma das partidas mais importantes da equipe sob o comando de Rubén Magnano.
A seleção brasileira começou mal na partida, com uma defesa pouco efetiva e vacilando no ataque. Os franceses aproveitaram e, comandados por Nicolas Batum, abriram 6 a 0 logo nos três primeiros ataques. O domínio continuou nos minutos seguintes, e a vantagem chegou a ser de nove pontos, com 12 a 3.
No fim do primeiro quarto, a seleção brasileira diminuiu a desvantagem, mas as falhas continuaram. A parcial terminou em 18 a 11, com o jogo no garrafão rival praticamente nulo por parte do Brasil – foram apenas dois pontos dos pivôs: um de Tiago Splitter e outro de Anderson Varejão, ambos em lances livres.
O segundo quarto começou commuitos erros de ambas as partes. A França parava na defesa brasileira, melhor posicionada; mas o Brasil não conseguia aproveitar as chances de encostar no placar.
Até que Leandrinho acertou um arremesso de três pontos, deixando o placar em 18 a 16; pouco depois, foi a vez de Marcelinho Huertas marcar mais três pontos, e a vantagem caiu para um ponto: 24 a 23.
No fim do segundo quarto, quem apareceu foi Raulzinho. O armador reserva foi quem colocou a seleção brasileira à frente por duas vezes – e a primeira metade do jogo chegou ao fim com o placar de 28 a 26.
O terceiro quarto começou com aFrança melhor, e os campeões europeus chegaram a empatar a partida novamente, em 32 a 32. Mas com uma série de boas jogadas ofensivas e uma defesa bem posicionada, o Brasil voltou a comandar o marcador. A parcial terminou em 46 a 41, com direito a jogadas de plasticidade, como a assistência de Raulzinho, pelas costas, para Tiago Splitter.
Restava o desafio de manter a vantagem no último quarto, um dos dramas da seleção brasileira nos últimos tempos. E a equipe comandada por Rubén Magnano começou bem a parcial final, deixando os franceses a uma distância de sete pontos nos três primeiros minutos.
Com uma cesta de três pontos, Marquinhos chegou a colocar a vantagem em oito, mas os franceses responderam imediatamente, com Mickael Gelabale. O jogo entrou nos cinco minutos finais indefinido.
Como tantas outras vezes, a seleção brasileira poderia ter falhado. E até cometeu erros, nos lances livres – sempre eles! – nos segundos finais – Nenê, por exemplo, desperdiçou dois arremessos seguidos. A França ficou a um ponto, mas o Brasil conseguiu segurar e ainda vencer, embora no sufoco, com dois de diferença.