Vice-capitão e homem de confiança. Entenda a importância do corte de Maicon. Entenda o fato.
3 min readDanilo Lavieri Do UOL, em Nova York.
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AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
Maicon será uma perda sentida para a seleção brasileira
Vice-capitão do grupo, titular com mais convocações, campeão da Copa América em 2004, da Copa das Confederações e 2006, remanescente da primeira Era Dunga e também do 7 a 1 na semifinal da Copa de 2014. Jogador da Roma, com passagem pela Inter de Milão e Manchester City e especulado por Real Madrid. O currículo deixa bem claro o tamanho da decisão de Dunga e de sua comissão em excluir de maneira definitiva Maicon dos planos da seleção brasileira.
Sem revelar o motivo para tal decisão, a comissão técnica limitou-se a dizer que o caso tinha ligação com a indisciplina, convocou Fabinho, do Mônaco, e usou o lateral direito como exemplo para o resto do grupo. Ele não estará com o grupo para a partida desta terça-feira (9), contra o Equador, em Nova Jérsei, nos Estados Unidos.
Maicon era tão importante para Dunga e para os atletas que ele seria o capitão caso Neymar não pudesse atuar por algum motivo. Com 33 anos, ele tem experiência de sobra para conduzir o grupo.
Ele é também o titular com maior número de atuações, com 72 partidas oficiais, e de convocações, com seu nome 100 vezes na lista. Ele ainda é, entre os 11 que iniciaram a partida contra a Colômbia, o que mais atuou em tempo: 5349 minutos.
No grupo inteiro, ele só fica atrás de Robinho, que foi reserva no primeiro amistoso, mas tem 103 convocações, 91 jogos e cerca de 6600 minutos jogadores. Não foi à toa que o lateral-direito era o destaque do site da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) logo após a primeira convocação.
Para melhorar seu currículo, ele ainda é o terceiro que mais vezes fez um gol pela seleção. A liderança é de Neymar, que tem 36, com Robinho em seguida, com 29.
E o seu estrelado só não é maior porque Hulk machucou. Robinho não fazia parte dos planos de Dunga e acabou convocado só por isso. Assim, o santista fez Maicon descer uma posição nas estatísticas.
Os dois, aliás, foram os dois únicos remanescentes entre os titulares da primeira convocação da Era Dunga e os lembrados para a estreia da segunda. Maicon fica à frente na hierarquia, como o próprio treinador definiu, porque havia disputado a Copa do Mundo de 2014.
Ele sobreviveu ao massacrante 7 a 1 para a Alemanha na semifinal e aos 3 a 0 para a Holanda na decisão de 3º. Por isso, levou a convocação como inesperada. Ao desembarcar em Miami, na apresentação da seleção, admitiu que ficou surpreso ao ver seu nome na lista.
A surpresa será ainda maior se ele voltar a ter uma chance com Dunga.