14/03/2025

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Drama de jogador ‘cigano’ que impressionou Dilma não mudou. Entenda o fato.

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Gabriela Moreira, para o ESPN.com.br.

Divulgação

Lateral Thiago Gasparino hoje está no Luverdense, do Mato Grosso
Lateral Thiago Gasparino hoje está no Luverdense

Há dez meses, ao ouvir o relato do lateral Thiago Gasparino de que seu filho de nove anos havia estudado em 10 escolas, a presidente Dilma Rousseff ficou estarrecida. Quase um ano depois e ainda sem ter sido aprovada lei ou Medida Provisória para uma gestão mais eficiente e responsável do futebol, a situação do jogador pouco mudou.

De lá para cá, Thiago mudou de clube três vezes. Seu filho, agora com 10 anos, está na décima terceira escola. Avanço, somente em um processo que move contra o Catanduvense, clube pelo qual atuou em 2013. O lateral ficou sem receber três meses de salário e acionou o clube na Justiça. Ganhou, mas ainda não recebeu.

“Eles disseram que não têm dinheiro”, disse Thiago, hoje no Luverdense-MT.

Thiago se encontrou com a presidente Dilma junto de outros jogadores do Bom Senso. Foi o primeiro encontro de um série entre integrantes do movimento e o Governo. A promessa era agilizar a implantação de novas regras para refinanciamento das dívidas dos clubes com a União, em troca de medidas de responsabilização e punição dos mau pagadores, inclusive, com perda de pontos e rebaixamento nos campeonatos.

“Espero que ocorra conforme conversado. Vai ser frustrante se for aprovado algo diferente”, adiantou o lateral.

A primeira tentativa de aprovar a medida foi antes das eleições. Frustrado esse prazo inicial, as negociações continuaram em 2015. Há mais de um mês foi criado um Grupo de Trabalho com o novo ministro do Esporte, George Hilton, mas ainda não foi apresentado o texto da MP.

Enquanto isso, deputados que têm apoio da CBF correm em paralelo e tentam aprovar esta semana no Congresso projeto de lei que trata sobre o tema. O texto, no entanto, não tem o apoio de todos os envolvidos na discussão, entre eles o Bom Senso.

“O projeto fala de alguns princípios de fiscalização de forma muito superficial. É muito fraco neste sentido. O texto diz que o controle será feito pelo CNE (Conselho Nacional do Esporte), que é um órgão de assessoramento ao Ministério do Esporte e se encontra uma vez por ano. Queremos que a CBF crie um comitê para fiscalizar e punir, que seja independente e tenha a participação de jogadores e todos os envolvidos”, disse o diretor-executivo do Bom Senso, Ricardo Borges.

Roberto Stuckert Filho / PR

O movimento Bom Senso F.C. se reuniu nesta segunda-feira com a presidente Dilma Rousseff
Thiago Gasparino (quarto da direita para a esquerda) no encontro com Dilma em 2014

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