21/09/2024

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Há 15 anos, Villeneuve e Zonta brigaram na BAR. Agora dividem carro na Corrida de Duplas da Stock Car .

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Warm Up, de Goiânia RENAN DO COUTO.

Hockenheim, 2000. No dia em que Rubens Barrichello se consagrou ao vencer pela primeira vez na carreira, outro brasileiro viveu momentos bem mais tensos depois da prova: o ainda jovem Ricardo Zonta.

O paranaense estreou na F1 em 1999 na recém-criada BAR, com o campeão mundial Jacques Villeneuve. O primeiro ano foi complicadíssimo, com uma confiabilidade péssima do carro, e nenhum ponto foi anotado. Em 2000, o cenário mudou, e o time ao menos conseguia brigar no pelotão intermediário.
Era neste grupo que Zonta e Villeneuve brigavam naquele dia 30 de julho. Zonta e Villeneuve colidiram quando o brasileiro tentou ultrapassar o canadense pela sétima posição na 26ª volta do GP da Alemanha. Villeneuve rodou e perdeu terreno. Zonta continuou na prova e chegou a andar em quarto lugar antes de rodar e abandonar no encharcado trecho do ‘Estádio’.
Após a prova, o brasileiro, que não sabia se continuaria na BAR para 2001, foi alvo de duras críticas por parte de Jacques. Ele disse que não tinha muito respeito pelo colega pelo que havia acontecido. “Custou três pontos para a equipe”, lamentou, na época. Empresário de Villeneuve e chefe da equipe, Craig Pollock também tomou partido.
Uma década e meia depois, ambos garantem: não foi nada demais.
Aquele GP da Alemanha em julho de 2000 (Foto: Getty Images)
Eles são companheiros de equipe novamente, dividindo o carro #10 do paranaense na Stock Car na corrida que abre a temporada 2015 neste fim de semana.
“A gente sempre se deu bem, nunca foi um problema”, diz Villeneuve ao GRANDE PRÊMIO. “Desentendemos entre aspas”, minimiza Zonta, também ao GP.
“É claro que, como ele tinha uma porcentagem da equipe, chegou em uma dividida de curva em Hockenheim, em questões de corrida mesmo, fiz uma ultrapassagem em cima dele. Ele acabou achando que eu não iria fazer a ultrapassagem, e acabou que os dois saíram”, relata Zonta. “O que aconteceu foi que, depois daquela corrida, o outro piloto achou que deveria pedir permissão para ultrapassar, e não só fazer a qualquer momento.”
Ele pensa, no entanto, que o procedimento durante uma corrida não deve ser assim. “Acredito que é um esporte. Era uma situação de chuva, ele tinha acabado de cometer um pequeno erro na curva anterior, e eu aproveitei. Ele não esperava e a gente se tocou”, acrescenta.
Hoje, Villeneuve minimiza o incidente. “Isso acontece entre muitos pilotos. É claro que você se chateia. Eu fiquei chateado porque era a minha equipe, eu estava tentando levar o time para a frente, e na época eu fiquei frustrado porque a gente bateu roda de forma desnecessária. Mas, ao mesmo tempo, ele estava aprendendo”, lembra.
As dificuldades da BAR
“Agora é a Mercedes, então foi uma boa equipe que construímos”, salienta Villeneuve.
Jacques Villeneuve e Ricardo Zonta conversam (Foto: Bruno Gorski/ Hyset/RF1)

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