Algo em comum: cartolas de Barça e Real ganham dinheiro no Brasil. Entenda o fato.
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Jean Pereira Santos, do ESPN.com.br.
Pode até parecer estranho, mas os presidentes dos rivais Barcelona e Real Madrid, que fazem o Superclássico às 17h deste domingo pelo Campeonato Espanhol, têm algo em comum: ganham dinheiro no Brasil.
Mandatários de dois dos principais clubes do mundo, o catalão Josep Maria Bartomeu, de 52 anos, e o madrilenho Florentino Pérez, de 68, são empresários. O primeiro é sócio em duas companhias, no Grupo Adelte e no Grupo EFS; Florentino é presidente do Grupo ACS, um dos maiores da Europa no ramo de construção, engenharia civil e serviços de energia.
E tanto a Adelte, de engenharia e soluções de embarque para portos e aeroportos, como a ACS, têm atividades no Brasil, diferentemente da EFS, de serviços para manutenção de terminais e equipamentos eletromecânicos.
Levantamento do ESPN.com.brmostra que a Adelte, de Bartomeu, forneceu 30 pontes de embarque de passageiros para três aeroportos brasileiros: o do Galeão (19), no Rio de Janeiro, o de Congonhas (3), em São Paulo, e o Val-de-Cans (8), em Belém, no Pará.
O preço da unidade varia de acordo com o modelo, mas, em média, custa atualmente entre 500 e 700 mil dólares, pelo câmbio atual, algo entre R$ 1,6 milhão e R$ 2,2 milhões, respectivamente. Isto sem falar nos ganhos com a operação do equipamento, o que acontece ao menos no Rio de Janeiro.
Já a ACS, de Florentino, não só ganha dinheiro como diz em seu balanço de 2014 que seu “crescimento na América provém, principalmente, de México e Brasil”. O grupo viu seu lucro geral cair 12,9% em relação a 2013, de 2,8 milhões de euros (R$ 9,8 milhões) para 2,4 milhões de euros (R$ 8,4 milhões), mas suas atividades em toda a América são responsáveis por 40% de todas as vendas.
No Brasil, o ESPN.com.bridentificou no balanço quatro ações da companhia, o que gerou ganhos de R$ 475,1 milhões de euros, o equivalente a R$ 1,6 bilhão.
Os serviços são a construção de dois parques de energia solar, um em Dracena (173,6 mihões de euros) e outro em Guaimbê (212,4 milhões de euros), ambos municípios do interior de São Paulo, e de linhas de alta tensão (70,3 milhões de euros) – locais não especificados – e de transmissão de eletricidade em Belo Monte, no Pará.
Se, em campo, os jogadores brasileiros de Barcelona e Real Madrid, como Neymar e Marcelo, podem oscilar, no bolso, Bartomeu e Florentino não têm motivo algum para se queixarem do país.
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