Bia Haddad explica por que não forma dupla com Luísa Stefani e projeta Olimpíadas: ‘Um sonho’. ENTENDA O FATO!
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Por Carlos Fiúza de Salvador para o Zigzagdoesporte.com.br
De um lado, uma medalhista olímpica e 14ª melhor jogadora do mundo nas duplas da WTA. De outro, a 15ª deste ranking e tenista número 1 do Brasil no simples. A sonhada parceria entre Luísa Stefani e Bia Haddad, no entanto, ainda deve permanecer no imaginário dos brasileiros.
Nesta quarta-feira (19), Bia Haddad falou sobre a pressão de reescrever a história da modalidade, se colocou no melhor momento da carreira e explicou por que a parceria brasileira não foi concretizada no circuito mundial.
De volta ao Brasil após 14 semanas na Europa, a brasileira tranquilizou sobre a lesão nas costas que o tirou da grama sagrada de Wimbledon nas oitavas de final.
“Foi tudo muito rápido. Uma fatalidade, principalmente falando sobre as costas. Estava no meu melhor momento. Fazia muito tempo que não sentia dores, estava preparada, muito feliz, e na hora que sinto a dor, realmente foi algo que não saiu da minha cabeça, porque foi muito forte, não esperava”, afirmou a brasileira, que ainda comentou sobre o protagonismo assumido nos últimos meses.
“Sinto que estou vivendo a minha melhor fase. Estou num momento muito gostoso, muito motivada. O tênis é um esporte que proporciona ser uma caixinha de surpresas, toda semana as 30 primeiras do ranking podem ganhar qualquer torneio e é uma história que cada uma pode contar”, disse.
Campeã do WTA 1000 de Madrid, ex-top 10 do mundo e primeira semifinalista brasileira em Roland Garros na Era Aberta, Bia também abriu o jogo sobre os motivos que dificultam uma eventual parceria com Luísa Stefani, bronze nas duplas nas Olimpíadas de Tóquio e atual campeã do Australian Open nas duplas mistas.
“O que ela está fazendo depois da lesão que teve é impressionante. Ganhou WTA 250, 500, 1000, Grand Slam, com parceiros diferentes e em todos os pisos. Sobre a nossa dupla, a gente conversa muito sobre isso. Temos objetivos diferentes, o que complica um pouco, porque ela é focada 100% na dupla, e eu 100% no simples. A dupla não é minha prioridade”, afirmou a brasileira, que também não confirmou participação na categoria no US Open.
“Por mim seria muito mais fácil, mas pensando nela é mais complicado e difícil, porque pode acontecer de eu não jogar nenhuma das semanas. Agora, por exemplo, talvez eu jogue o US Open. Não sei se vou conseguir jogar todas as semanas do ano. E ela é uma menina que joga só dupla, então tem que ter uma parceira, uma garantia. É muito incerta a vida do duplista. A gente já jogou outras vezes juntas, já ganhamos juntas, e estamos ansiosas de coincidir a semana para conseguirmos jogar”, reiterou.
Apesar das dificuldades em formar a dupla brasileira, Bia Haddad reforçou o desejo de participar dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. “Olimpiadas são um sonho pra mim. Muitas pessoas pensam que a gente no tênis não valoriza tanto, mas é um sonho, independente de simples ou duplas. Vou continuar trabalhando, fazendo o meu melhor. Meu primeiro objetivo é me manter saudável e criar a oportunidades para poder me classificar”, adiantou.
Até o sonhado desafio olímpico, no entanto, Bia ainda tem outros caminhos a percorrer, a começar pelas disputas do WTA 1000 de Montreal, a partir de 7 de agosto, no Canadá, seguido do WTA 1000 de Cincinnati e do US Open.