12/12/2024

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Ex-fã de Serena, amiga de boleiro e inimiga de insetos: conheça Sloane Stephens, finalista do US Open.

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Jerry Bembry, para o The Undefeated.com*

Venus Williams ficou para trás. Bicampeã do US Open, em 2000 e 2001, ela tentava alcançar a quarta final do evento na carreira. Mas não deu: culpa de Sloane Stephens.
Venus Williams ficou para trás. Bicampeã do US Open, em 2000 e 2001, ela tentava alcançar a quarta final do evento na carreira. Mas não deu: culpa de Sloane Stephens.

Venus Williams ficou para trás. Bicampeã do US Open, em 2000 e 2001, ela tentava alcançar a quarta final do evento na carreira. Mas não deu: culpa de Sloane Stephens, que venceu a semi por 2 a 1 e chegou à decisão de um Grand Slam pela primeira vez na carreira. Uma redenção para a ex-fã de Serena Williams, que vinha de uma temporada complicada, mas fez valer a genética privilegiada para conseguir a maior vitória da carreira.

Foi justamente no US Open do ano passado que Stephens sofreu uma lesão por estresse no pé direito. O tratamento não surtiu o efeito desejado, e ela foi obrigada a passar por uma cirurgia em janeiro, colocando em risco toda a temporada.

A ESPN e o WatchESPN transmitem nesta sexta-feira a final masculina de duplas a partir das 13h (de Brasília), com o duelo entre o holandês Jean-Julien Rojer e o romeno Horia Tecau contra os espanhóis Feliciano López e Marc López. A partir das 16h, o fã do esporte acompanha o Pelas Quadras, seguido pelas semifinais masculinas, que começam às 17h, com Kevin Anderson x Pablo Carreño Busta, e Rafael Nadal x Juan Martin del Potro.

O retorno veio em Wimbledon, com derrota na primeira rodada. Para chegar ao US Open, ela contou com o ranking protegido. Em agosto, Stephens, hoje com 24 anos, figurava como apenas a 934ª do mundo na lista da WTA.

Assim, a trajetória até a final não foi fácil, enfrentando “pedreiras” como a italiana Roberta Vinci, finalista do Grand Slam em 2015, na estreia, depois a 11ª cabeça-de-chave, a eslovaca Dominika Cibulková. A surpresa australiana Ashleigh Barty foi superada na terceira fase e, em seguida, a alemã Julia Gorges ficou para trás, garantindo vaga nas quartas de final de um Major pela primeira vez desde Wimbledon em 2013. Anastasija Sevastova, da Letônia, 16ª cabeça-de-chave, foi a penúltima vítima. A última: Venus. A decisão será contra Madison Keys, que despachou Coco Vandeweghe.

Mas, afinal, quem é Stephens? Ela já foi apontada como uma das grandes promessas do tênis americano, principalmente depois de eliminar Serena Williams no Australian Open de 2013, e agora se torna realidade no US Open.

Veja, abaixo, em cinco coisas que você precisa saber sobre Sloane Stephens.

  • Genética favorável

Se você olhar a mãe, Sybil Smith, terá a impressão que ela pode competir em esportes profissionais até hoje. A razão é simples: ela é tida como o melhor nadadora da história da Boston University. Depois do sexto lugar nas 100 jardas costas na NCAA em 1988, ela se tornou a primeira mulher afro-americana a ser nomeada para a primeira equipe nacional na modalidade. Smith ainda é a única nadadora da Boston University na seleção do país a ter sete recordes escolares. Depois de se formar em 1988, ela foi introduzida ao Hall da Fama da universidade em 1993.

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John Stevens, o pai de Sloane, em ação na NFL
John Stevens, o pai de Sloane, em ação na NFL

Já o pai, John Stephens, foi selecionado na primeira rodada do Draft de 1988 pelo New England Patriots (na 17ª posição) e foi o novato ofensivo do ano depois de correr por 1.168 jardas. Stephens jogou seis temporadas na NFL, mas nunca foi o mesmo jogador depois de deixar um oponente parcialmente paralisado em uma colisão frontal na cabeça em 1989.

O casal se divorciou quando Sloane era criança. John Stephens morreu em um acidente de carro de 2009, terminando uma vida problemática aos 43 anos.

  • Ex-fã de Serena

Depois de vencer Serena em 2013, a história era que Sloane havia superado sua inspiração. Na entrevista após o jogo, a promessa disse: “Acho que vou colocar um pôster de mim mesma agora.”

A realidade é que Sloane tinha um pôster de Serena em seu quarto quando era mais jovem, mas deixou de ser fã da mais nova das irmãs Williams depois de passar um dia inteiro atrás dela na Fed Cup, na Flórida, sem conseguir o sonhado autógrafo.

“Elas passaram três vezes e nunca assinaram nossos pôsteres”, disse Stephens, em entrevista à ESPN The Magazine em 2013. “Eu encontrei novas jogadoras para gostar porque já não gostava delas.”

Uma reação exagerada de Stephens? Na mesma entrevista, ela disse que Serena postou um tweeter afirmando “Eu fiz você” dois dias após a partida no Australian Open e, eventualmente, não seguiu a algoz no Twitter.

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Sloane e Serena se cruzam no Australian Open em 2013
Sloane e Serena se cruzam no Australian Open em 2013

Quando ambas foram convidadas a descrever sua relação dois anos depois, quando se encontraram na quarta rodada de Roland Garros, em 2015, as respostas pareciam estranhas.

Serena: “Como sempre disse desde o primeiro dia, eu sempre torci por ela e gostaria de ver outra afro-americana indo bem. Acho que ela é um doce, então sempre vou torcer por ela.”

Sloane: “Um colega. É isso, ela é uma colega.”

Sloane se uniu às irmãs Williams e a Madison Keys como representantes dos EUA nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Antes de enfrentar Venus nas semifinais, ela expressou seu apreço pela adversária. “Acho que Venus é nossa líder. Só tenho a honra de poder jogar na mesma época que ela. Ela é uma ótima pessoa, uma grande jogadora e uma grande líder.”

  • Boleiro amigo

Estrela do Toronto FC e membro da seleção dos Estados Unidos, Jozy Altidore chegou a assistir a um jogo de Stephens na Louis Armstrong Arena. Ele foi capaz de ir ao US Open por que estava suspenso no empate por 1 a 1 contra Honduras, na última terça-feira, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

Que eles são amigos, isso é fato. Romance? A dupla nunca falou sobre o assunto publicamente, mas o “New York Daily News” a chamou de “namorada de Jozy Altidore” durante a semana, e um post no Instagram com uma “dica” sobre o amado teve os comentários desligados.

  • Medo de insetos

Não precisa dizer muito. As imagens falam por si só.

Em sua melhor temporada até hoje, em 2013, Stevens ganhou US$ 1,4 milhão em 2013, quando chegou às semifinais do Australian Open.

Mesmo com o início tardio de 2017 por causa da lesão e da cirurgia, Stevens chegou ao US Open com US$ 310.546 em prêmios. A vaga na semifinal valeu US $ 875 mil. Se perder a decisão, leva US$ 1,75 milhão. Se vencer, US$ 3,5 milhões. E pensar que o ano começou com uma cirurgia…

*Jerry Bembry é repórter sênior do The Undefeated, parceiro da ESPN. Tradução livre de Ricardo Zanei. O conteúdo original, em inglês, pode ser acessado em “Sloane Stephens’ fear of bugs and other things to know about her”.

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