15/12/2024

zigzagdoesporte.com.br

A sua revista eletrônica do esporte

Retorno de ‘trinca de ouro’ é o trunfo do UFC após ano em baixa, mas rival quer atrapalhar

4 min read

O problema, porém, é que um rival começa a incomodar e, ao menos nos bastidores, já ameaça jogar mais problemas nas fórmulas e nas contas de Dana White e dos irmãos Fertititta.

Igor Resende, do ESPN.com.br.

Getty

Trinca Anderson Silva-Brock Lesnar-Georges St. Pierre é o sonho do UFC para ano nas nuvens
Trinca Anderson Silva-Brock Lesnar-Georges St. Pierre é o sonho do UFC para ano nas nuvens

O UFC fecha o ano de 2014 no vermelho, mas já tem pronta a receita para aumentar a venda de pay per views e dar a volta por cima. O problema, porém, é que um rival começa a incomodar e, ao menos nos bastidores, já ameaça jogar mais problemas nas fórmulas e nas contas de Dana White e dos irmãos Fertititta.

A premissa do UFC é básica: o ano de 2014 foi ruim porque os nomes que mais vendem pacotes estavam de fora. Como resolver isso? Simples! Basta trazer os grandes astros de volta.

Nos últimos anos, o Ultimate se baseou em três grandes nomes: Georges St. Pierre, Anderson Silva e Brock Lesnar. Um deles tem o retorno certo. O brasileiro, que passou 2014 inteiro se recuperando da perna quebrada na revanche contra Chris Weidman já tem luta marcada para o dia 31 de janeiro contra Nick Diaz e provavelmente entrará em ação já no meio do ano mais uma vez – ele é um dos técnicos do TUF Brasil 4, o reality show do UFC, e deve estrelar o card da decisão.

Anderson vendeu mais de 7 milhões de pacotes de pay per view em 14 lutas no UFC, uma média superior a meio milhão por apariação – e é um dos únicos a vende mais de 1 milhão em uma luta, na revanche contra Weidman.

Mas, apesar de tudo, os números do brasileiro são quase que insignificantes perto da grande aposta do UFC para 2015. O problema é que já tem gente de olho no gigante albino de 1,91m de altura e que sempre luta perto do limite máximo de 120kg.

Brock Lesnar é um fenômeno. Se não dentro do octógono, fora dele. O ex-campeão dos pesos pesados vendeu mais de um milhão de pacotes e nada menos que três lutas no UFC. Em sete aparições, vendeu mais de 6 milhões em pay per view, uma média superior a 900 mil por eventos.

Não à toa que o UFC faz de tudo para tê-lo de volta. E parecia muito próximo disso quando o WWE, que tem contrato com Lesnar, disse que o liberaria. Mas um concorrente promete pintar na disputa com muito dinheiro para acabar com o final feliz de Dana White e cia.

“Não há nenhum lutador no planeta que não possamos pagar ou ter acesso. Ainda não houve nenhuma conversa séria com Lesnar, mas quando o momento dessa conversa chegar, estaremos lá”, disse Scott Coker, o chefão do Bellator, único evento que ainda sonha em competir em números com o UFC.

Lesnar não luta desde dezembro de 2011, quando acabou derrotado por Alistair Overeem e decidiu tirar um tempo para cuidar de seus problemas de saúde – ele tem diverticulite e chegou até a cortar boa parte do intestino em uma cirurgia. A expectativa, claro, segue sendo de que Lesnar prefira seus antigos empregadores caso retorne ao MMA. Mas o UFC já abre o olho quanto a concorrência.

Nada de esperar sentado

Getty

Rampage Jackson e CM Punk, as cartas na manga do UFC
Rampage Jackson e CM Punk, as cartas na manga do UFC

Não é só Lesnar que deixa o UFC na expectativa. A principal competição de MMA do mundo também sonha em ter Georges St. Pierre de volta. O canadense, que vende em média quase 700 mil pacotes por aparição, resolveu parar e cuidar de sua vida pessoal após vencer Johny Hendricks, ainda novembro de 2013. Desde então, sua volta é sempre especulado, mas o ex-campeão dos meio-médios sequer confirma que pisará em um octógono mais uma vez.

Mas o UFC, claro, não espera sentado. Duas ações da companhia surpreenderam bastante neste final de ano, mas são facilmente explicadas pelos números.

A primeira foi a contratação para lá de polêmica de CM Punk. A aposta é de que ele se transforme em um novo Lesnar. Afinal de contas, Punk é um dos maiores astros atuais do WWE e é conhecido por todo o país. O problema é que ele nunca fez uma luta profissional na vida, apenas os duelos armados do WWE. Mesmo assim, tem popularidade para mexer com os números. Prova disso é a repercussão que sua contratação teve, fazendo até com que lutadores do UFC se movimentassem.

A segunda ação foi a recontratação de Rampage Jackson. Ex-campeão dos meio-pesados, ele saiu quase que enxotado do UFC no começo de 2013 e foi atuar no Bellator, onde seria a grande estrela. os tempos mudaram, a carreira na nova organização nunca deslanchou, e o Ultimate viu uma oportunidade e tanto. Rampage não deve chegar para brigar no topo da categoria, mas sim no topo da pilha de dinheiro. Afinal de contas, os números não mentem: nos dois eventos que estrelou no UFC, vendeu quase um milhão de pacotes de pay per view,

About Author

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Copyright © All rights reserved. | Newsphere by AF themes.