Guga diz que Bellucci tem potencial de top 10 e vê competição positiva com Feijão.
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Thomaz Bellucci deu azar no Rio Open 2015 e acabou eliminado logo na estreia pelo favorito Rafael Nadal. Mas as discussões acerca do potencial do brasileiro, que já foi top 30 do mundo e agora é o número 64, continuam.
O último a opinar sobre o assunto foi ninguém menos que Gustavo Kuerten, em participação no Rio Open nesta quinta-feira (19). Para a lenda do tênis brasileiro, o que falta a Bellucci é melhorar seu jogo, além do aspecto técnico.
“Tem muita diferença entre ser um bom tenista e ser um bom jogador. Não precisa ser um excelente tenista, mas tem que jogar bem, e o Bellucci tem que melhorar muito o jogo dele. Às vezes eu fazia de conta que aguentaria mais duas horas e não aguentava mais três games. Tem uma parte de inibir o adversário. E o Nadal sobra nesse sentido. Ele acerta, erra, joga no escuro, joga no claro, mas no embate do jogo ele sobra, que é um aspecto pouco perceptível para quem não é profissional. O Bellucci tem que buscar alternativas, sair de enrascadas. Mas tudo isso é prática. Ele é muito bom, tem grandes resultados, mas é novo ainda, tem que amadurecer, aproveitar o potencial. O jogo vai muito além da direita, da esquerda e do saque”, analisou Guga.
Os prognósticos, no entanto, foram otimistas. Após Nadal afirmar, em entrevista, que Bellucci tem potencial para estar bem acima de onde está no ranking da ATP, Guga foi além e garantiu que o brasileiro pode até chegar ao top 10 do circuito caso consiga encarar melhor situações de pressão. O ex-número 1 do mundo também viu com bons olhos a competição com Feijão, que ultrapassará Bellucci caso vença o austríaco Anders Haider-Maurer nesta sexta-feira, pelas quartas de final do Rio Open. Para Kuerten, a situação é semelhante à que ele próprio viveu com o ex-tenista brasileiro e atual comentarista dos canais ESPN Fernando Meligeni, o Fininho.
“O Feijão pode ajudar muito, com essa provocação positiva. Eu lembro do meu tempo com o Fininho. Ele foi semifinalista de Roland Garros (em 1999), e isso me fazia acreditar. É difícil estar lá dentro. A gente fala de Nadal, de Djokovic, e é irreal a comparação. O Bellucci pode ser top 10, mas tem que melhorar, criar paradigmas, que é algo que pode acontecer de um torneio para o outro ou às vezes não acontece nunca, o cara não resolve isso a carreira inteira”, concluiu.