16/12/2024

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Primeira árbitra de futebol americano do país recebe R$ 70 por jogo e já foi xavecada em campo.

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Gustavo Faldon, do ESPN.com.br.

Dayane Wosch

Amanda Carstens, durante sua estreia como árbitra principal de futebol americano n PR
Amanda Carstens, durante sua estreia como árbitra principal de futebol americano n PR

Curiosamente, no mesmo ano em que a NFL anunciou que terá pela primeira vez em sua hisória uma árbitra no seu quadro de juízes, o Brasil também quebrou essa barreira no futebol americano daqui.

Há duas semanas, Amanda Carstens Ramos, de 22 anos, foi a árbitra principal dos jogo UFPR Brown Spiders x Maringá Pyros e Coritiba Crocodiles x Norte do Paraná, pelo Campeonato Paranaense de futebol americano, quebrando um tabu e dando início ao pioneirismo na atividade em território brasileiro.

“Fiz a clínica para árbitros em 2013 e comecei a apitar. Esse ano foi a primeira vez que eu virei referee (árbitra principal) e consegui esse fato de se tornar a primeira mulher”, disse Amanda, recém graduada em engenharia, ao ESPN.com.br.

Ela contou que começou a acompanhar o esporte por conta do namorado, que é jogador de futebol americano, e foi pegando gosto. “Eu acho o esporte muito legal, a parte de ter muito raciocínio, e não tinha muitas mulheres na época e esse foi o jeito que eu achei de entrar no esporte”.

Recém-formada e cursando um mestrado no Paraná, Amanda ainda não tem emprego fixo. Por enquanto, ser árbitra de futebol americano rende a ela alguns reais. “Existe remuneração aos árbitros. Tem 5 níveis. Eu sou do quarto nivel, que recebe R$ 70 por jogo”, explicou a árbitra.

Estima-se que no nível mais alto da arbitragem do futebol americano, os ganhos sejam de R$ 160 por partida.

Apesar de ter começado a carreira como árbitra principal agora, Amanda já foi juíza auxiliar em outras partidas. E o começo na posição de autoridade no campo não foi fácil, com direito até a “xaveco” de jogadores.

“Quando eu comecei a apitar, os jogadores não estavam muito acostumados, houve ‘cantadas’ em campo. Aí a gente aboliu as ‘cantadas’ dando faltas. Eu falava com o jogador, depois com o técnico e, se não adiantasse, em terceiro caso dava falta de 15 jardas”, relembrou.

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