04/02/2025

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Conheça o maior artilheiro da base do Boca e único argentino que Leão gostou; confira.

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Leonardo Ferreira e Vladimir Bianchini, do ESPN.com.br.

GAZETA PRESS

Tripodi Leão Santos Treino Futebol
Atacante Mariano Trípodi chegou em pacotão ao Santos e virou xodó de Émerson Leão

Mariano Tripodi foi o autor do último gol do Joinville na vitória diante do Cruzeiro na quinta-feira por 3 a 0. O torcedor do Santos se lembra do atacante que chegou em 2008 com a credencial de ser o maior artilheiro da história das categorias de base do Boca Juniors. Na Vila Belmiro, conseguiu um feito: ser o único argentino que virou xodó do técnico Émerson Leão.

O ex-goleiro nunca escondeu que não gostava dos “hermanos”, mas com o centroavante foi diferente. O estilo aguerrido e batalhador conquistou o treinador.

“A minha experiência com ele foi muito boa, ele sempre foi muito correto comigo desde o primeiro dia. Diziam que ele não gostava de argentino, mas acho que era mais pelo perfil do jogador. Meu relacionamento com ele era bom e até trabalhamos juntos no Atlético-MG”, contou o jogador em entrevista ao ESPN.com.br.

Apesar de não ter marcado tantos gols com a camisa do Santos, Tripodi fez o mais importante da sua carreira. Contra o Cúcuta, pela Copa Libertadores da América de 2008, o time da Baixada precisava de mais um gol para se classificar às oitavas de final. O argentino entrou em campo e foi às redes no final do jogo, explodindo a Vila Belmiro em alegria.

“Em 2008, cheguei ao Santos para jogar a Copa Libertadores da América. Foi a melhor experiência profissional da minha carreira, pelo nível do time e da competição que fizemos. Estava com 21 anos só. Tinham feito uma fumaça grande, e o jogo tinha ficado 10 minutos parado. Precisávamos vencer, senão estávamos eliminados. Então fiz um gol aos 48 do segundo tempo. Me arrepio toda vez que vejo ou relembro deste jogo, foi muito especial”, disse.

A única situação que o deixava sem graça era a famosa pergunta que resume a rivalidade Brasil x Argentina: quem é melhor entre Maradona e Pelé? Trípodi preferia não responder.

“Sempre me perguntavam quem era melhor: Pelé ou Maradona? Imagina , qualquer resposta seria ruim. Eu sempre pulava essa (risos)”, se comentou.

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Mariano Tripodi foi atacante do Santos e era xodó do técnico Leão
Trípodi marcou contra o Cùcuta, pela Libertadores

Apesar da tal rivalidade, o atacante vê semelhanças entre os países e relembra do grupo com o qual atuou em 2008 no Santos, inclusive de Neymar, que ainda despontava como grande promessa na base do time da Baixada.

“O argentino é muito querido aqui no Brasil, a Vila Belmiro parece muito a Bombonera porque o campo fica perto da arquibancada. A torcida fazia uma pressão fantástica e quando lotava era incrível. Era um grupo muito bacana e sabia que tínhamos um jogador especial que logo ia subir para o profissional que era o Neymar”

Revelado nas categorias de base do Boca Juniors, Trípodi chegou ao Santos com pompa. Ele era reconhecido por ser o maior artilheiro das categorias de base do Boca Juniors.

“Sou de Buenos Aires e comecei com dez anos nas categorias de base, em 98. Meus colegas eram o Lucas Pratto, o Fernando Gago, entre outros. Minha família era torcedora do time e ganhávamos muito. Sou o maior artilheiro da história da base do clube”, orgulha-se.

Apesar dos números, o atacante não teve muitas chances na equipe profissional xeneize devido à concorrência de craques em sua posição.

“Quando subi, o Boca tinha ganhado tudo com Palermo, Palacio, Schellotto. Então, como não tinha espaço lá, fui chamado para jogar na Alemanha no Colônia, que queria me comprar, mas o Boca não queria me vender. A mentalidade lá era de ganhar sempre, tínhamos que golear sempre os times mais fracos”, comentou.

A vida sem crimes no Principado

Já imaginou morar num país com apenas 37 mil habitantes e que quase não há crimes? Mariano Trípodi teve o privilégio ao se mudar, em 2011, para Vaduz, capital do pequeno Principado de Lichtenstein, na Europa. Destaque no Metropolitano, de Santa Catarina, ele chamou atenção da equipe europeia e partiu para o Velho Continente.

“O Vaduz FC disputa o campeonato da Suíça da primeira divisão. O país é muito rico e minúsculo, mas muito lindo para se morar. É um lugar que você não tem problemas com nada. Você chegava em casa em cinco minutos (risos). Tudo funciona bem demais para quem quiser morar com a família”, contou.

“Morei dois anos lá. Não tem criminalidade. Quando um mercado foi assaltado, foi notícia por muito tempo. Fazia sete anos que não tinha um assalto no país, é mole? (risos). O cara assaltou com um objeto de madeira fingindo que era uma arma (risos)”, relembrou, bem-humorado.

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