26/07/2024

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A herança maldita de Cristóvão

3 min read

(Por Antonio Tillemont)

 

A falta de opções para que pudesse ter um elenco mais qualificado tem levado o técnico Cristovão Borges, antes uma unanimidade junto aos torcedores do Bahia, a sofrer um desgaste junto à nação tricolor.

A nova diretoria, que assumiu há quase 60 dias, teve 25 dias de prazo – da posse até o encerramento das inscrições do Campeonato Brasileiro – para que pudesse reforçar o elenco com possíveis contratações, acabou por contratar apenas um, o meia Wangler, que veio do Caxias, da série C do Brasileirão.

Essa situação é simplesmente intrigante, pois o treinador Cristóvão Borges fez uma lista com indicação de 16 nomes e, pasmem, não foi contratado um sequer. Como leitura de um fato como esse, devemos fazer reflexões para encontras as suas razões:

A falta de credibilidade do Clube no cenário nacional – o Bahia é visto como um clube caloteiro, que contrata e não paga, herança maldita dos quase seis anos de MGF como presidente do Clube.

A falta de prestígio dos seus atuais dirigentes – são ilustres desconhecidos, pois Sidônio Palmeira e Valton Pessoa, que hoje dirigem o futebol do Clube, são excelentes publicitários e advogado trabalhista, respectivamente, mas de bola só sabem que ela é redonda.

É fato que o momento não era favorável, pois quase não existiam opções a disposição no mercado. Mas, deixar a decisão de contratar reforços para quem não entende do que está dirigindo e que não tem prestígio no mercado do futebol, foi um erro que os sócios eleitores poderão sentir ao final do Campeonato Brasileiro, porventura a nação venha a sofrer com um novo rebaixamento para a série B.

E, por fim, a falta de dinheiro – o clube vive a pior crise administrativa e financeira dos seus quase 83 anos.

Diante da situação constrangedora restou ao técnico Cristóvão Borges a ter que se virar com o que tem. E, por isso mesmo, os erros têm sido repetidos. Alguns jogadores atravessam fase técnica de declínio vertiginoso, casos de Madson, Titi, Fahel, Talisca, além de outros que não agradam mais a torcida, exemplos de Souza e Neto.

Além disso, a falta de paciência da própria torcida, que não aguenta mais esses altos e baixos de Madson, Talisca, Jussandro e Obina, que são vaiados quase que constantemente jogo a jogo.

De sã consciência, o que pode fazer Cristóvão Borges? Imagino-me na posição do treinador, que geralmente assiste ao jogo todo em pé, quando ele se vira para trás e olha para o banco de reservas? Imagino o dilema que vive o treinador neste momento. Deve pensar… O que faço meu Deus?

Restam oito jogos e 35 dias para sabermos o destino do Bahia para 2014. Resta-nos é rezar…

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