Dos Anjos tenta evitar o que não acontece há quase 10 anos: deixar o Brasil sem campeão; confira.
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Igor Resende, de Las Vegas (EUA), para o ESPN.com.br.
Um cinturão.
Foi tudo o que restou ao Brasil depois da dança das cadeiras do campeões do UFC. E esse cinturão vai estar em jogo na noite desta quinta-feira. O que deixa o campeão Rafael dos Anjos com uma responsabilidade e tanto sob seus ombros para evitar algo que não acontece há quase 10 anos: deixar o país sem um título na principal competição de MMA do mundo.
Para se ter uma ideia do tempo que isso faz, a última vez que aconteceu foi quando Anderson Silva ainda estava chegando ao UFC. Ele foi o responsável por inaugurar a era de ouro do país ao ser campeão em 14 de outubro de 2006.
À época, era apenas o terceiro cinturão conquistado pelo país – após Vitor Belfort e Murilo Bustamante. O Pride havia acabado de chegar ao fim, e as grandes estrelas, incluindo os brasileiros, se mudavam de vez para o UFC, que apenas começava sua dinastia.
Depois de Anderson, outros sete atletas do país foram campeões (Lyoto Machida, Maurício Shogun, José Aldo, Renan Barão, Júnior Cigano, Fabrício Werdum e o próprio Rafael dos Anjos, além de Minotauro, campeão interino nos pesados). O Brasil chegou a ter três cinturões ao mesmo tempo (ou quatro, se contar o interino de Barão). E sempre pensou em dominar todas as categorias, não em ser dominado e fixar sem nenhuma delas.
Mas os tempos mudaram. E contra Eddie Alvarez, Dos Anjos põe o único título brasileiro em jogo.
Bem verdade, é claro, que só nessa semana o país ainda pode ter mais três campeões, com Cláudia Gadelha lutando por título na sexta e José Aldo e Amanda Nunes tentando cinturões no sábado. A ‘seca’, portanto, pode durar só 24 horas.
De qualquer forma, porém, é uma pressão a mais em jogo para Rafael em Las Vegas.
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