03/02/2025

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Brasil encerra jejum de ouros, mas meta de ser top 5 na Para Olimpíada do Rio já está distante.

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Thiago Cara, do Rio de Janeiro (RJ), para o ESPN.com.br

MARCIO RODRIGUES/MPIX/CPB

Silvania Costa comemora medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos com bandeira do Brasil
Silvania Costa comemora medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos com bandeira do Brasil

Recordista mundial, Silvania Costa confirmou seu favoritismo e conquistou o ouro no salto em distância T11 nesta sexta-feira no Engenhão. A medalha encerra um jejum de dois dias sem subir no lugar mais alto do pódio do Brasil e dá um novo gás para a busca pela quinta colocação geral nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Ainda assim, a meta já está distante.

O título de Silvania foi a 11ª medalha dourada do país-sede nesta edição dos Jogos, o mesmo número da Holanda – o Brasil é sétimo pela quantia de pratas conquistadas. O sexto lugar é da Alemanha, com 13; e a posição que a delegação verde e amarela almeja está a três ouros de distância, com a Austrália, que já subiu 14 vezes no lugar mais alto do pódio.

Se a distância não parece tão grande, o fato de muitos dos favoritos do Brasil já terem competido preocupa, com apenas mais dois dias e meio de competições. Nos esportes individuais, as grandes esperanças de ouro seguem com o atletismo e a natação; enquanto nos coletivos, apenas com o vôlei sentado e o futebol de cinco (para cegos).

O atletismo tem sido o carro-chefe da delegação brasileira no Rio, responsável por oito do total de ouros já conquistados. A natação faturou duas, ambas com Daniel Dias, mas tem ficado abaixo do esperado; enquanto a bocha completou as 11 láureas douradas até aqui.

Nos esportes coletivos, o Brasil está na decisão do futebol de cinco e tem boas chances neste sábado contra o Irã. O rival é o mesmo na semifinal do vôlei sentado, nesta sexta, mas a dificuldade deve ser maior para avançar, já que o país asiático é potência na modalidade.

Investimento

Dos 23 esportes do programa paralímpico, 15 foram contemplados pelo Plano Brasil Medalhas, lançado em 2012 e que mapeou as modalidades com mais chance de subir ao pódio tantos nos Jogos Olímpicos, quanto Paralímpicos em 2016. O investimento foi feito justamente para que as delegações do país atingissem suas metas – top 10 e top 5, respectivamente.

Nove modalidades (atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, hipismo, judô, levantamento de peso, natação e tênis de mesa), de fato, subiram ao pódio nas Paralimpíadas, mas só três conquistaram ouro.

As chances que restam

Na busca por medalhas de ouros nos últimos dias de Paralimpíada, o Brasil já está garantido em quatro finais no atletismo. Nesta sexta, Daniel Silva e Felipe Gomes têm chances nos 400m masculinos T11, mas não entram como favoritos. Na mesma distância, no feminino, Terezinha Guilhermina e Thalita Vitoria Simplicio chegam com tempos inferiores a de suas duas rivais.

No sábado, são outras duas decisões asseguradas; nos 400m T47, com Petrucio Ferreira dos Santos, que já tem duas medalhas no Rio; e nos 1500m T11, com Renata Bazone. Nenhum dos dois, porém, é favorito nas respectivas provas, assim como os maratonistas do país, no domingo.

A natação, por sua vez, ainda deve melhorar o desempenho. Em Londres 2012, a modalidade garantiu nove ouros, e duas dessas provas ainda acontecerão no Rio – uma delas, os 50m costas S5, acontece nesta sexta e tem Daniel Dias na final.

Medalhas prováveis para a Austrália

Atualmente na quinta colocação com 14 ouros, a Austrália ainda deve ouvir seu hino na Rio 2016. O país da Oceania, por exemplo, está dominando as regatas de vela e lidera as três categorias que conhecerão seus medalhistas neste sábado.

No atletismo e natação, somente nesta sexta-feira o país tem 12 finais para disputar, sendo uma com a nadadora Ellie Cole, que conquistou quatro ouros na Paralimpíada há quatro anos – ela já venceu uma disputa no Rio e tem chance de título em mais duas.

No rugby em cadeira de rodas, modalidade em que o Brasil é estreante e já está eliminado, os australianos também são favoritos ao ouro, sendo atuais campeões paralímpicos e mundial.

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