Operação na Espanha prende ex-presidente do Barça por lavagem de dinheiro e mira Ricardo Teixeira.
2 min readESPN.com.br
FOTOS: AE E REUTERS/MONTAGEM: ESPN
O ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell foi preso nesta terça-feira em sua casa, na capital catalã, junto a mais quatro pessoas em uma operação da Polícia Nacional e da Guarda Civil batizada de Rimet – em referência a Jules Rimet, francês que comandou a Fifa entre 1921 e 1952.
O dirigente é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro durante sua época como representante da Nike no Brasil. Um dos alvos da investigação é ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, amigo de Rosell.
Os oficiais investigam desde 2015 uma organização criminosa que teria cobrado comissões ilegais de direitos de imagem dos jogos da seleção brasileira acima de 15 milhões de euros, valor repartido entre os dois cartolas. Depois, eles teriam lavado o dinheiro através de paraísos fiscais, segundo fontes policiais.
O ex-presidente do Barça e Ricardo Teixeira são acusados de liderar o esquema. Ambos são investigados há anos no Brasil, e o ex-chefão do futebol brasileiro seria sócio de Rosell em uma empresa no país que organizava os amistosos da seleção.
“A operação guarda relação com os anos nos quais Rosell estabeleceu acordos empresariais com a Conferência Brasileira de Futebol (CBF) antes de chegar à presidência do Barcelona. Através de sua companhia (Ailanto Marketing), explorou durante anos os direitos esportivos da seleção brasileira, cujos jogos amistosos Rosell teria cobrado comissões que a Audiência considera irregulares. Para evitar sua prisão, o dinheiro teria sido desviado a fundos opacos”, explicou o diário El Confidencial.
A operação também está sendo conduziada nas localidades espanholas de Lleida e Girona além de Andorra, conhecido paraíso fiscal europeu.
Ainda na esteira do Fifagate, a promotoria de Nova York investiga o acordo de patrocínio firmado pela CBF com a Nike por US$ 160 milhões em 1996.
Sandro Rosell também virou reú na Espanha por causa da contratação de Neymar em sua época como presidente do Barcelona há quatro anos – ele acabou renunciando ao cargo devido às acusações de corrupção no caso.