16/12/2024

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Circuito Mundial de Surfe começa na Austrália com domínio brasileiro; veja novidades para 2018.

6 min read

Luiza Ferraz por espn.com.br

São 34 surfistas, dos quais 11 são brasileiros, com dois títulos mundiais e 21 etapas vencidas. É com esse currículo que o Brasil começará a temporada de 2018 do Mundial de surfe neste sábado, sendo a nação com maior quantidade de surfistas na elite, pela primeira vez à frente da Austrália que conta com sete surfista em jogo e sempre foi conhecida como uma potência no esporte.

Mas nem todos os atletas brasileiros que começarão as disputas em Gold Coast, Austrália, neste sábado, sempre estiveram entre os melhores surfistas do mundo. Enquanto três componentes da chamada “Tempestade Brasileira” deram adeus ao circuito na última temporada, contaremos com cinco novos nomes, que você conhecerá logo abaixo.

OS BRASILEIROS VETERANOS

Gabriel Medina: Primeiro brasileiro a conquistar o Mundial, em 2014, é conhecido por sua habilidade tanto nas manobras aéreas, quanto nas tubulares. O surfista, natural de Maresias, São Paulo, já coleciona sete vitórias em etapas do WCT, é o primeiro brasileiro a ganhar a Tríplice Coroa Havaiana e fez parte da disputa pelo título nas últimas quatro temporadas – em 2017, terminou em 2º.

Filipe Toledo: Nascido em Ubatuba, São Paulo, tem apenas 22 anos de idade e já conta com cinco vitórias no WCT. Em 2015, foi peça-chave na disputa pelo título mundial, sendo apelidado, por muitos, como “Rei dos Aéreos”. Na última temporada, foi suspenso da etapa de Fiji, a 5ª do Tour, mas venceu dois eventos e acabou terminando o ano em 10º.

Adriano de Souza: Com 31 anos de idade e indo para sua 13º temporada no WCT, Mineirinho é o veterano entre os brasileiros na elite. O surfista foi consagrado campeão mundial em 2015, sendo também o primeiro do país a vencer um Pipe Masters, no Havaí. Além disso, também é o atleta com mais vitórias em cima da lenda Kelly Slater.

Ítalo Ferreira: Nascido no Rio Grande do Norte, chegou ao seleto grupo dos 32 melhores surfistas do mundo em 2015. Em sua estreia, ganhou o prêmio de “Novato do Ano” e chegou a uma final, em Portugal, mas acabou derrotado. O potiguar ainda não faturou nenhuma etapa no WCT, mas é uma das grandes promessas brasileiras. Em 2017, se machucou em Gold Coast, onde havia tirado a primeira nota 10 do ano, e acabou ficando de fora de três etapas, voltando forte em Fiji.

Caio Ibelli: Aos 24 anos, faz sua terceira temporada no WCT. Em 2016, foi 16º lugar e eleito um dos “Novatos do Ano”. É nascido e criado no Guarujá, litoral Sul de São Paulo. Chamou atenção por sua ótima performance no primeiro ano do Tour, eliminando o campeão mundial John John Florence nas primeiras etapas do ano, mas acabou não indo tão bem em 2017, terminando em 19º mas prometendo muito nessa nova temporada. • Ian Gouveia Filho de Fábio Gouveia, um dos maiores nomes do surfe brasileiro, este é o seu segundo ano nesta seleta lista. O surfista de 25 anos quase não se classificou para a temporada 2018, terminando o ano em 23ª posição, mas usando a vaga de wildcard – de atletas lesionados – para conseguir se manter no circuito.

E VEM NOVIDADE!

Jessé Mendes: Grande adversário de Gabriel Medina nas categorias de base, o surfista do Guarujá ficou 7 anos na divisão de acesso até conseguir sua vaga entre os melhores do mundo. Jessé foi o vice-campeão do WQS no ano passado.

Tomas Hermes: Aos 31 anos, Tomas Hermes ficou quase uma década na divisão de acesso até enfim conseguir uma vaga no “Circuito dos Sonhos”. Natural de Santa Catarina, Tomas teve um segundo semestre muito bom no WQS e conquistou a tão sonhada vaga.

Yago Dora: Maior aposta da nova geração de surfistas do Brasil, Yago Dora ficou conhecido ao entrar como convidado na etapa de Saquarema em 2017 e eliminar 3 campeões mundiais antes de cair nas semifinais para Adriano de Souza – justamente o atleta que seu pai é treinador. Devido a sua performance, o surfista também foi convidado para participar o evento de Fiji.

Willian Cardoso: Apelidado de “Panda”, ele é o mais velho de todos os surfistas que subiram para a elite do surfe. Com 32 anos, o catarinense pensou em parar várias vezes e ficou nada menos que 12 temporadas batalhando pela vaga no WCT, o que o faz um forte concorrente para os demais.

Michael Rodrigues: O último brasileiro que garantiu a vaga foi Michael Rodrigues. O cearense terminou o WQS em 11º e só conseguiu o acesso no finalzinho do ano, sendo uma grata surpresa. Aos 23 anos, Michael tem nos aéreos as suas principais armas para estrear no Tour com o pé direito.

QUEM DEVEMOS TEMER

John John Florence (Havaí): Considerado um dos mais promissores nomes da nova geração do surfe, o havaiano foi campeão mundial nas duas últimas temporadas, ambos os campeonatos em cima de Gabriel Medina, firmando uma grande rivalidade entre os dois.

Kelly Slater (EUA): Lenda do esporte, com 46 anos, o 11 vezes campeão do mundo já disse que está perto de sua aposentadoria. Na última temporada, ele acabou fraturando o pé em Jeffrey’s e ficou de fora pelo resto do ano, se reclassificando através do wildcard.

Mick Fanning (Austrália): Tricampeão mundial, o surfista de 36 anos já anunciou que se aposentará na segunda etapa do Tour, em Bells Beach, também na Austrália, onde é um dos maiores vencedores. Após uma temporada complicada em 2015, quando foi atacado por um tubarão e perdeu o título mundial para Adriano de Souza, o atleta decidiu tirar um ano sabático e desde então não tem mais focado na competição, e sim em projetos pessoais.

Julian Wilson (Austrália): Aos 28 anos, este é outro talento que busca, mais uma vez, um título mundial no WCT. Ele é um dos maiores carrascos de Gabriel Medina, já vencendo o brasileiro em três finais de etapa. No ano passado, terminou em 3º, será que em 2018, enfim, será coroado o melhor do mundo?

Jordy Smith (África do Sul): Outro constantemente apontado com potencial para ser campeão mundial, mas que sempre “bate na trave” é o sul-africano, conhecido pelo seu surfe potente. Em 2017 terminou em 4º lugar e foi um forte nome na disputa pelo tão desejado caneco.

Owen Wright (Austrália): Defensor do título em Gold Coast, o australiano fez uma ótima temporada em 2017 após ter ficado um ano afastado por um lesão no cérebro. Já recuperado e sempre mostrando forte potencial nos mais variados tipos de onda, ele é um forte concorrente neste Mundial.

Matt Wilkinson (Austrália): Seguindo para seu 12º ano no Tour, “Wilko” nunca havia sido um forte nome até 2016, quando venceu duas etapas seguidas – Gold Coast e Bells Beach – e chegou na briga pelo título de melhor do mundo naquele ano, desde então se mantendo constantemente entre os melhores do ranking.

NOVAS ETAPAS

Gold Coast – 11/03 a 22/03
Bells Beach – 28/03 a 08/04
Margaret River – 11/04 a 22/04
Saquarema (RJ) – 11/05 a 20/05
Bali – 27/05 a 09/06
Jeffrey’s Bay – 02/07 a 13/07
Teahupoo – 10/08 a 21/08
Surf Ranch Open – 05/09 a 09/09
Hossegor – 03/10 a 14/10
Peniche – 16/10 a 27/10
Pipeline – 08/12 a 20/12

A disputa tem início neste sábado, em Gold Coast, Austrália, com transmissão, ao vivo, da ESPN+ e do WatchESPN, a partir de 18h (de Brasília) – de acordo com as condições do mar.

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