Aos 35, Junior Cigano ainda se coloca ‘muitos objetivos’ no UFC e revela ter ficado triste por Velasquez: ‘Não conseguiu mostrar nada’.
4 min readDo Zigzagdoesporte.com.br por Antônio Strini e Erick Astolpho de espn.com.br
Prestes a realizar o evento principal do UFC Wichita de sábado (9) contra Derrick Lewis, Junior Cigano respondeu algumas questões sobre seu futuro dentro e fora dos octógonos, além de comentar a situação de seu histórico rival Cain Velasquez.
Aos 35 anos, Cigano revelou que não pensa em abandonar o MMA tão cedo. Após duas vitórias seguidas (sobre Tuivasa e Ivanov), o catarinense está ranqueado na oitava colocação entre os pesos-pesados.
“Eu amo muito o que faço e ainda tenho muitos objetivos a serem alcançados dentro do UFC. Portanto, bola pra frente.”
Em 2011, o brasileiro conquistou o cinturão de sua categoria na UFC ao derrotar Cain Velasquez por nocaute. Nesse ano, o mesmo Velasquez retornou aos octógonos após mais de dois anos afastado por lesões e decepcionou, sendo nocauteado após 26 segundos de luta contra Francis Ngannou.
Sobre o assunto, Cigano demonstrou empatia: “A categoria dos pesados é muito perigosa e, sinceramente, fiquei triste por ele. Perder uma luta assim é realmente muito frustrante. Não conseguiu mostrar nada.”
Com, no mínimo, mais três lutas em seu contrato com o UFC, o brasileiro considera a organização “a melhor de MMA do mundo”, mas não descartou o bom trabalho de outras, importantes, especialmente, por dar mais oportunidades a atletas da modalidade.
Veja a entrevista completa com Junior Cigano
ESPN – Há uma década vivíamos a explosão do UFC no Brasil. Em 2019, a renovação não pareceu acompanhar esse boom. como você vê o MMA brasileiro no exterior?
JUNIOR CIGANO – O MMA Brasileiro sempre foi e continua sendo muito bem representando pelo mundo afora. Temos grandes nomes do esporte que, mesmo depois de tanto tempo lutando, ainda nos presenteiam com grandes combates, além dos atletas que estão chegando agora com força total e muita disposição. Estamos sempre envolvidos em grandes lutas e cogitados a disputas de cinturões. O MMA evoluiu muito e com isso o nível das competições se intensificou. Mas, como um representante brasileiro desse esporte maravilhoso, posso dizer que isso é como colocar mais lenha na fogueira. Quanto maior o desafio, maior o desejo de vitória. É esse o pensamento.
ESPN – Aos 35 anos, ainda se vê lutando no UFC por quanto tempo?
CIGANO – Nunca parei para pensar nisso afinal, eu só tenho 35 anos. Eu amo muito o que faço e ainda tenho muitos objetivos a serem alcançados dentro do UFC. Portanto, bola pra frente.
ESPN – Você vê o UFC como única boa organização de MMA? Pensa em lutar em outros eventos?
ESPN – Cain Velasquez retornou ao octógono após dois anos afastado. como analisa sua última luta?
CIGANO – Na verdade não tem o que analisar, não teve luta. Ele foi nocauteado aos 26 segundos do primeiro round. A categoria dos pesados é muito perigosa e sinceramente eu fiquei triste por ele, perder uma luta assim é realmente muito frustrante. Não conseguiu mostrar nada. Eu estava curioso para ver como seria a performance dele, mas não foi dessa vez.
ESPN – A vida além do MMA: você está se planejando para a vida pós-atleta?
CIGANO – Nunca fui de muito planejamento, é claro que como pai de família isso tem mudado, mas sem deixar perder o foco no principal que é minha carreira. Entre uma experiência e outra, aos poucos eu vou moldando como será meu futuro.