‘McGregor brasileiro’ fez história no MMA nacional, mas agora quer entrar para a política; confira.
4 min readDo Zigzagdoesporte.com.br por espn.com.br com Gustavo Faldon.
Jonas Bilharinho tem seu nome no MMA nacional. Em 2015, ele foi o primeiro lutador do Jungle Fight a ter dois cinturões (galos e penas). E chegou a ter um cartel invicto com sete vitórias. Hoje, aos 28 anos, o carioca não pensa em voltar ao esporte, sendo devoto da sua religião e pensa em expandir seu conhecimento para entrar no mundo da política.
“Não estou pensando em voltar para o MMA, não. Mas se alguma coisa me arrastar de volta para a luta…cada passo que vou dar na minha vida, procuro perguntar para Deus. Se eu voltar ao MMA, vai ser completamente diferente. Se isso acontecesse, vocês podem esperar um atleta bem melhor”, disse Bilharinho, ao ESPN.com.br.
“Eu acho que hoje estou mais forte do que na época que eu treinava. Mas, com relação aos reflexos da luta, certamente não vai estar a mesma coisa. Mas isso volta rápido, o que costuma demorar a voltar é justamente a condição física. Se eu voltasse a treinar hoje, em dois ou três meses eu estaria pronto para lutar”, completou.
Mas, afinal, porque Bilharinho, que fazia parte do Team Nogueira, desistiu do MMA? Segundo ele próprio, faltou estímulo após dominar o Jungle Fight e não receber o convite do UFC. E com falta de motivação, o brasileiro perdeu a última luta que fez, contra Valdines Silva, em abril de 2016, sua única derrota como profissional.
“Com aquilo eu fui ficando mais arrogante ainda, fui treinando cada vez menos. Chegou uma hora que eu não treinava mais. Na minha penúltima luta, eu já quase não treinava. E na minha última luta, eu estava há uns quatro meses sem treinar. Eu já estava em outro patamar de arrogância. Aquela derrota não só me fez bem como atleta, mas como ser humano”, disse Bilharinho.
“E eu pensava: se eu invicto, com 7 vitórias e nenhuma derrota, o UFC não me chamava, agora que eu perdi essa luta, então acabou. Por isso eu me afastei do MMA. Mas isso foi bom porque eu me reencontrei como ser humano e foi fundamental para mim. Eu apesar de ter dinheiro, sucesso, eu era uma pessoa infeliz, mentirosa, arrogante. Graças a Deus eu fui beber águas novas e hoje em dia sou completamente diferente. Se eu voltar para o esporte, eu não seria um lutador, seria um atleta de verdade”, analisou.
Bilharinho se inspirava em Conor McGregor, que também recentemente disse ter se aposentado do MMA. O estilo de luta dele era tão parecido com o do irlandês, que ele foi chamado por José Aldo e Eddie Alvarez para ser sparring e “simular” McGregor. “Foi uma oportunidade muito boa ter podido conviver com eles. Sou bem amigo dos dois”.
Por esse motivo ele ficou conhecido como o ‘McGregor brasileiro’. “De uma certa forma eu achava legal. E eu arrogante do jeito que era…hoje em dia acho que não faz diferença. A gente acaba sempre puxando esses links, mas não me envolve mais. O que fica disso na verdade é uma tremenda vontade de ter lutado com ele. Acho que seria um xadrez muito bem jogado”.
E será que Bilharinho, no seu auge, venceria McGregor? Ele mesmo responde: “É arriscado falar isso, mas a gente que é striker, sabe que chute leva vantagem contra soco”.
O foco de Bilharinho agora está em entrar para o mundo da política, onde ele pensa em se candidatar a vereador já para as eleições de 2020.
“Eu entraria em algum partido de direita que colabora para a diminuição do Estado. Se eu entrar para a política, você pode me considerar um inimigo declarado desse partido (PSDB). Eu acho que me identifico mais com o Partido Novo, por exemplo”, explicou.