04/02/2025

zigzagdoesporte.com.br

A sua revista eletrônica do esporte

GIRO PELO MASTER 1000 MONTE CARLO; CONFIRA AS SEMIS.

5 min read

DoZigzagdoesporte por Carlos Machado.

Djokovic vence espanhol de virada e encontra Federer na semifinal em Monte Carlo.

Getty

Djokovic superou García-López de virada
Djokovic superou García-López de virada

Novak Djokovic teve mais trabalho do que o esperado, mas conseguiu confirmar o favoritismo e continuar na briga pelo bicampeonato do Masters 1000 de Monte Carlo, em Monaco. Após começar perdendo, o sérvio conseguiu a virada e garantiu a vitória sobre o espanhol Guillermo Garcia-Lopez em três sets, com parciais de 4-6, 6-3 e 6-1.

A vitória, além de manter Djokovic na briga pelo bicampeonato, também o deixa próximo de conquistar o terceiro título da temporada. Classificado à semifinal, ele passou a ser o principal favorito após a eliminação de Rafael Nadal, que caiu diante do compatriota David Ferrer.

No entanto, antes de pensar na final, o número 2 do mundo ainda tem um grande desafio pela frente, já que enfrentará Roger Federer, que venceu o francês Jo-Wilfried Tsonga, também de virada, nesta sexta-feira.

Enquanto a vitória sobre Garcia-Lopez foi a sexta no sexto confronto disputado entre os dois, o duelo contra Federer é uma oportunidade de Djokovic igualar o retrospecto de partidas. Até o momento, foram disputados 33 jogos, sendo 17 triunfos do suíço e 16 do sérvio. Neste ano, Djoko perdeu na semi do ATP 500 de Dubai, mas se vingou na final do Masters 1000 de Indian Wells.

Irreconhecível no começo, Djokovic sofreu duas quebras e viu o adversário abrir 4/1. Na sequência, ele até tentou reagir devolvendo uma quebra, porém não conseguiu reverter a situação.

Disposto a empatar, o segundo melhor tenista da atualidade encontrou trabalho, viu o 38º do mundo ameaçar seu serviço no quinto game, mas não permitiu uma zebra ao quebrar no oitavo game e voltar ao jogo. Melhor fisicamente, o sérvio disputou pontos longos, mas dominou a parcial final para garantir sua classificação.

Nadal cai e cresce expectativa da briga pelo nº 1( Por José Nilton Dalcim TenisBrasil).

O que parecia destinado ao segundo semestre, pode ser antecipado. Muito antecipado. A atuação ruim desta quinta-feira, que culminou com a eliminação precoce de Rafael Nadal em Monte Carlo, abre perspectiva de que a luta pela liderança do ranking aconteça em Roland Garros. Para isso, ainda é preciso que Novak Djokovic confirme agora seu favoritismo e seja bicampeão no saibro monegasco.

Se isso acontecer, a distância entre ambos cairá para a margem de 1.630 pontos e isso é o valor que mudaria a ordem do ranking caso Nole seja campeão em Paris em cima de Rafa (2.080). Observem que nem estou considerando o fato de que Nadal ainda tem que repetir a conquista de Barcelona, Madri e Roma, período em que o sérvio somou resultados fracos em 2013.

O jogo entre Ferrer e Nadal foi um tanto sonolento. Além das repetitivas trocas de bola, o número de erros foi excessivo – média de três por game – e houve muita insegurança dos dois espanhóis em todo o primeiro set. Ferrer se soltou no tímido tiebreak jogado por Nadal – sete pontos perdidos consecutivos! – e deveria ter fechado a partida com sonoros 6/2 não fosse a ansiedade natural que o acometeu na primeira oportunidade.

O mais intrigante disso tudo é que Ferrer nem vive sua melhor fase. Quebrou uma incômoda sequência de sete derrotas em finais de ATP em Buenos Aires, em fevereiro, mas logo depois machucou o adutor da perna esquerda, abandonou Acapulco e nem foi a Indian Wells. Jogou mais ou menos em Miami e então chegou a Monte Carlo, onde mostrou o tênis habitual na véspera, diante de Grigor Dimitrov.

A consequência da pior derrota sofrida por Nadal em Monte Carlo – e a mais contundente no saibro desde Roland Garros de 2009 – é o que quero observar. Não seria o caso de desistir de Barcelona, cuidar do eventual problema nas costas e se preservar para Madri e Roma? O quadro de inscritos na semana que vem lista Ferrer, Fognini, Robredo, Almagro, Gulbis, Dolgopolov. Imagino o desastre mental que seria uma nova derrota.

Ferrer, que merece elogios por ter sabido aproveitar as bolas curtas de Nadal, agora pega Stanislas Wawrinka e tem tudo a seu favor: a empolgante e histórica vitória de hoje, o retrospecto geral e no saibro, o piso mais lento. Stan e Milos Raonic fizeram para mim o melhor jogo do dia, principalmente pelo primeiro set tão bem jogado, e a lógica prevaleceu porque o suíço é muito mais tenista. Em sua melhor temporada, Wawrinka poderia muito bem aproveitar o momento e enfim ganhar seu primeiro Masters. Ele só fez duas finais até hoje, perdendo ano passado em Madri para Nadal e em Roma de 2008 para Djokovic.

A outra semi é um ‘revival’. Djokovic e Roger Federer farão o 34º duelo entre si, o que entra para o rol dos sete duelos mais constantes da Era Profissional, mesma quantidade de Sampras x Agassi e McEnroe x Connors. Federer tem mínimos 17 a 16, mas perdeu quatro dos últimos cinco duelos. Estão empatados por 3 a 3 no saibro, com 2 a 0 para o suíço em Monte Carlo.

Tudo interessante, mas retórico. Porque o fato é que nenhum dos dois jogou bem nesta sexta-feira, ambos escaparam na verdade de derrotas que pareciam iminentes. Jo-Wilfried Tsonga foi muito bem na combinação de agressividade-regularidade por dois sets, superado depois pela determinação do adversário e por certa lentidão nas pernas. Nole deu até sorte, quando a bola que daria a quebra e 4/3 no segundo set para o valente Guillermo Garcia-López saiu por muito pouco. Depois, ganhou confiança e atropelou. Mas a cena de sua automassagem no punho direito e as horas de fisioterapia que o impediram de dar entrevista oficial preocupam.

Federer atingiu hoje 950 vitórias na carreira e, embora seja extremamente difícil, tem a chance de anotar a marca histórica de 1.000 ainda este ano. Em toda a Era Profissional, apenas Jimmy Connors (1.253) e Ivan Lendl (1.071) superaram essa incrível barreira. Outro número que deve ser batido, esse mais rapidamente, são as 300 vitórias em nível Masters. Faltam agora apenas seis.

Desde Madri do ano passado, Djokovic disputou pelo menos as quartas de todos os Masters 1000, o que inclui seis semifinais e quatro títulos, sem falar no Finals de Londres que não entra na lista pelos critérios da ATP. Só ele pode impedir que Monte Carlo tenha um novo campeão.

 

About Author

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Copyright © All rights reserved. | Newsphere by AF themes.