30/10/2024

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FILIPINHO MATADOR

4 min read

Já no começo da bateria, Filipe Toledo achou esse tubo limpo, que apesar de não muito fundo lhe rendeu 8.50. Cestari/ASP

X-GAMES/SURF BY MAÍRA PABST

Depois de longos dias sem ondas em Hossegor, na França, a oitava etapa do circuito mundial de surf recomeçou nesta quarta-feira. O dia amanheceu com uma condição bastante difícil do mar, com boas porém raras oportunidades. Filipe Toledo foi o grande destaque do dia. Surfou muito contra o francês Jeremy Flores e está classificado. Gabriel Medina também usou todo o seu potencial e com tubos, aéreos e rasgadas mandou Ace Buchan para casa. Adriano de Souza, Alejo Muniz e Miguel Pupo não conseguiram passar do round 3.

POUCAS MAS BOAS

 

Cestari/ASPAlejo Muniz não conseguiu encontrar tubos abrindo, e ficou no round 3.

Alejo Muniz foi o primeiro a cair na água. A bateria estava devagar. As ondas não proporcionavam tubos acima dos 4 pontos. Alejo completou um tubinho mais ou menos, mas ficou dentro de vários outros. Sua prancha parecia solta demais. Taj completou alguns. Nada de tirar o folego, mas o suficiente para vencer a bateria.

 

A segunda bateria provou que o mar estava mais belo do que, realmente, viável. Kai Otton passou por Fred P. com um somatório de 7.40, contra míseros 4.10. Mas apesar do mar ter ficado complicado durante quase o dia todo, quando os tubos abriam, mostravam seu potencial.

Joel Parkinson desfilou seu estio para tirar duas notas acima dos sete pontos e mandar Patrick Gudauskas para casa. Michel Bourez vinha perdendo a bateria para Kolehe Andino. Mas o tahitiano conhece o caminho dos tubos. Pegou um tubasso para a direita, grande e limpo para tirar uma das maiores notas do dia um 9.73 e vencer.

Na bateria 100% havaiana, John John mostrou para o estreante Sebastien Zietz que é o cara dos tubos. Não que Zietz também não seja, mas para o menino do Kauai ficou faltando uma onda, enquanto JJ Florence passeando dentro de dois para levar a melhor.

Na sexta bateria do dia, o convidado marroquino Ramzi Boukhiam começou botando pressão em Mick Fanning. Pegou um tubão para a esquerda e tirou 9.17.  Mas não é à toa que Mick é líder do ranking. Soube controlar a ansiedade, pegou uma boa onda, outra intermediária. Ramzi não achou mais nada. Mick seguiu na disputa.

Aritz Aranburu tinha a difícil missão de parar Slater. Apesar de ter sido criado nas ondas de Mundaka, Aritz acabou perdendo para seu próprio medo. Não medo de surfar em si, mas aquele medo que o nome de seu oponente gera.

Kelly não estava inspirado. Foi em em ondas que até Deus duvidava. Realmente, não foram nada demais. Mas o suficiente para vencer um muito seletivo Aritz. Talvez, se ele tivesse se arriscado mais e escolhido menos, poderia ter dado mais trabalho ao careca em uma bateria de poucas ondas.

 

Cestari/ASPPraia litada para acompanhar o round 3 do Quik Pro.

FILIPINHO MATADOR

 

Swell de período muito longo como esse é sempre complicado em beachbreaks, mesmo que seja num dos melhores do mundo. Filipenho abriu a bateria pegando um tubo. Não muito deep, mas o estilo compensou. 8.50 para ele ficar mais tranquilo. Depois ainda mandou um alley oop, full rotation, muito alto, em uma onda menor, finalizou com uma batida e os juízes lhe deram 9.97.

Jeremy simplesmente não surfou. Ficou tão na bronca por não encontrar ondas q no fim da bateria foi numa, mesmo rabeando o Filipe q tinha a prioridade. Se um local como Jeremy não encontrava ondas, você pode imaginar como estava difícil.

COMPLICOU

Na bateria de Adriano de Souza, o mar piorou bastante. A maré enchendo, os tubos pararam de quebrar. Brett Simpson escolheu as esquerdas. Duas delas foram melhores que uma direita e uma esquerda de Mineirinho, que pela primeira vez avançou para o round 3 na França, mas não passou disso.

 

ASP/KirstinGabriel Medina teve mais um dia inspirado na França e chegou a tirar um 9.10, vencendo Ace Buchan no Round 3

Em seguida, o mar estava ainda pior para a bateria de Miguel Pupo. Tanto é que os juízes começaram a soltar notas acima dos sete pontos, mesmo para ondas de uma única manobra mais ou menos. Julian Wilson pegou logo duas dessas de back , uma dando uma rabetada girando e a outra com um aéreo, simples, porém alto. Miguel ainda conseguiu reagir. Chapuletou uma de front que lhe valeu 7.60, mas na segunda de back,  acertou duas fortes mas errou a última manobra. Não foi o suficiente para passar por Julian. A situação de Miggy ainda está perigosa no tour, le precisa de um bom resultado.

 

Logo após duas baterias muito fracas de onda, a organização decidiu parar a disputa. Depois dos groomets caírem na água, o campeonato recomeçou no final da tarde em Hossegor.

Gabriel Medina foi para água contra Ace Buchan. O mar parecia estar dormindo. Teve reinício de bateria, e depois novamente, passados mais 10 minutos ninguém tinha pegado onda.  Até que Medina pegou um tubo, já sai de lá voando, bateu ragou e tirou 9.10. Ace se recuperou, chegou a assumir a liderança, mas Medina tava inspirado. Pegou mais uma com tubo, floater e garantiu a classificação.

Para fechar o round, Jordy Smith venceu Kieren Perrow. Como a previsão é de mar menor para os próximos dias, o diretor de prova colocou a primeira bateria do round 4 na água. Taj Burrow, Joel Parkinson e Kai Otton travaram uma disputa alucinante.

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