Empresa envolvida em obras da Copa-2022 deu dinheiro à CBF, diz jornal. Entenda mais uma tramoia da CBF.
3 min readDo Zigzagdoesporte.com.br por UOL, em São Paulo.
Estádio Al Bayt, palco da Copa do Mundo de 2022, no Qatar4 fotos 3 / 4
Visão externa do estádio Al Bayt, palco que receberá uma das semifinais da Copa de 2022, no Qatar AFP PHOTO / Qatar 2022 committee
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As suspeitas de corrupção na escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022 podem atingir o Brasil. De acordo como jornal O Estado de S. Paulo, uma das empresas responsáveis pelas obras de infraestrutura do Mundial deram dinheiro à CBF para financiar o amistoso da seleção brasileira contra a Argentina em Doha, em 2010.
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Segundo a publicação, a empresa Al Saad & Sons Group Holdings (GSSG) pagou pela realização da partida, em operação que também contou com a suíça Swiss Mideast Finance Group, organização com sede na Suíça.
A GSSG é presidida por Ghanim Bin Saad, gerente de uma estatal do setor imobiliário responsável por algumas das principais obras da Copa-2022. Entre elas está a cidade de Lusail, projetada para ter 450 mil habitantes e que receberá a final em um estádio para 80 mil lugares. O valor gasto com a construção está estipulado em US$ 45 bilhões, financiados pelo governo do Qatar.
A reportagem lembra que a Fifa chegou a sugerir a abertura de um processo para investigar a transferência, mas voltou atrás alegando não haver conexão com a suposta compra de votos para eleger o Qatar como sede do Mundial. Brasil, então representado por Ricardo Teixeira, e Argentina votaram a favor do país árabe três semanas após o amistoso.
Contatadas pelo jornal, as empresas negaram envolvimento com a partida ocorrida em Doha ou com a CBF. Mas um jornal local de novembro de 2010 traz declarações do vice-presidente da GSSG, Mohammed Hassan Al Hamadi, celebrando o acordo para a realização do amistoso.
A notícia do envolvimento da CBF com a principal empresa das obras da Copa do Qatar vem em uma semana marcada por polêmicas. A Fifa divulgou um extenso relatório onde afirma não haver indícios de corrupção na escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022 e encerra o caso.
Mas o responsável pelas investigações, Michael García, disse ter tido sua análise distorcida pela entidade e recorreu contra a decisão.