BWA processa Bahia por dívida de R$ 6,5 milhões e pede bloqueio de dinheiro da Globo. Entenda o fato.
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Nem bem assumiu a presidência do Bahia e o jornalista Marcelo Sant’Ana já terá um caso milionário para resolver deixado pela gestão do ex-presidente Marcelo Guimarães. A BWA, empresa que cuidava da venda de ingressos por meio da Ingresso Fácil, está processando o time por uma dívida de R$ 6,5 milhões que nunca foi paga. A companhia pede na Justiça a penhora das cotas de televisão do clube.
O processo corre em São Paulo, na 31 Vara Cível, e está nas mãos de da juiza Mariana de Souza Neves. A diretoria, no entanto, ainda não recebeu a citação.
De acordo com a defesa da BWA/Ingresso Fácil, um documento de confissão de débitos foi assinado em 15 de dezembro de 2011, quando o clube assumiu o compromisso de pagar o montante em 31 parcelas, sendo a primeira no mês de março de de 2012. A cúpula tricolor só honrou com os três primeiros pagamentos, parando de fazer os depósitos logo depois.
No papel assinado pelo então presidente Marcelo, ao qual o ESPN.com.br teve acesso, não há o motivo da confissão dívida, como ela foi contraída. A reportagem tentou entrar em contato com o ex-presidente, mas não conseguiu. Bruno Balsimelli, sócio da BWA/Ingresso Fácil, também foi procurado, mas não retornou as ligações.
“O Executado (Bahia) assumiu a obrigação de pagar a dívida acima mencionada (R$ 6.235.000,00), a qual foi parcelada em 31 (trinta e uma), sendo a primeira no valor de R$ 235.000,00 (duzentos e trinta e cinco mil reais), com vencimento em 25 de março de 2012 e as 30 (trinta) parcelas remanescentes no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) cada uma com início de pagamento previsto para 25 de abril“, explica a empresa no processo.
“Nesse passo, para a plena eficácia do procedimento, há urgência em que o Executado seja citado ainda em janeiro, como forma de, no caso de não pagamento, serem oficiados a Rede Globo de Televisão, bem como a Federação Bahiana de Futebol, para que se abstenham de repassar ao Executado os valores relacionados a direitos de transmissão e cotas de patrocínio do Campeonato Bahiano de 2015, respectivamente”, pede a BWA/Ingresso Fácil.
Por fim, depois de uma primeira decisão da juiza, que determinou o pagamento em até três dias ou pelo menos a indicação de bens como garantia, a companhia de ingressos pede que seja definida a penhora das cotas de televisão ou qualquer dinheiro que seja pago pela Federação Bahiana.
a) os valores a serem destinados pela Rede Globo de Televisão ao pagamento de direitos de transmissão televisa (aí incluídos todos as mídias e transmissão em sistema “pay per view”, direito de arena ou quaisquer outras formas de remuneração contidas no contrato celebrado entre a Globo e o Executado);
b) os valores a serem destinados pela Federação Bahiana de Futebol ao executado a título de pagamento de quaisquer verbas de patrocínio, publicidade de qualquer tipo, e antecipações de receita.