16/12/2024

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Botafogo espanta ‘ressaca’ pós-goleada e vence o Atlético-MG no Maracanã

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Bolívar marca Jô: atacante deu trabalho ao Botafogo.

Do ZigZag do Esporte.

Botafogo 1 x 0 Atlético-MG.

Gazeta Press

Julio Cesar comemora gol contra o Atlético-MG
Julio Cesar comemora o gol contra o Atlético-MG, no Maracanã

O Botafogo não quis saber de nenhuma “ressaca” após ser goleado pelo Flamengo por 4 a 0 no meio de semana, pela Copa do Brasil. Jogando no Maracanã, o time carioca venceu o Atlético-MG por 1 a 0, e se manteve no G-4 do Campeonato Brasileiro. Julio Cesar marcou o gol do jogo, no início do segundo tempo.

Com o resultado, o Bota respira aliviado, e se garante na zona de classificação à Copa Libertadores por pelo menos mais uma rodada. O time é momentaneamente o 3º colocado, com 53 pontos, mas ainda pode cair para 4º ou até subir para 2º, dependendo dos resultados de domingo. O próximo compromisso alvinegro é a partida contra o Goiás, às 17h (de Brasília) do próximo domingo, no Serra Dourada.

O Atlético-MG, sem grandes ambições no campeonato, se mantem provisoriamente na 6ª colocação, com 45 pontos, ainda dependendo dos resultados de Vitória, Santos e Internacional. No próximo sábado, o time mineiro encara o lanterna Náutico, às 21h, no Independência.

O jogo

Se o Botafogo foi a campo coberto de dúvidas após ser goleado no meio de semana, no lado do Atlético-MG o questionamento era sobre a motivação a pouco mais de um mês do Mundial de Clubes. Quando a bola rolou, no entanto, o que se viu foi um cenário bem mais animador que o projetado, com os dois times buscando o gol.

A primeira grande oportunidade veio do lado do Botafogo. Aos 7 minutos, Gegê recebeu lançamento de Gabriel e ajeitou de primeira para Alex, que saiu cara a cara com Victor. Mas o camisa 18 exagerou ao tentar tirar do goleiro, e a bola passou, caprichosa, à direita do gol.

O Atlético não queria ficar para trás, e respondeu no minuto seguinte. Jogando, mais uma vez, na armação graças à ausência de Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli fez grande jogada individual pela direita e cruzou da linha de fundo. Com Jefferson já batido, Jô esperava no segundo pau para arrematar, mas Bolívar salvou o Botafogo com um corte de cabeça.

Gazeta Press

Bolívar marca Jô durante Botafogo x Atlético-MG
Bolívar marca Jô: atacante deu trabalho ao Botafogo

O jogo foi acalmando, e os erros de passe começaram a aparecer. Sobretudo pelo lado do Botafogo, que abusava de lançamentos longos e não demorou a irritar uma torcida ainda magoada. Aos 20 minutos, as primeiras vaias começaram a ecoar pelo Maracanã. Aos 34, tímidos gritos de “queremos raça” soaram.

O Atlético, que nada tinha a ver com os problemas do adversário, aproveitava para comandar as ações, sobretudo a partir dos pés de Diego Tardelli. Mas o time mineiro tinha dificuldades para entrar na área botafoguense, e não conseguiu assustar o goleiro Jefferson.

O cenário mudou na marca de 36 minutos. Quieto até então, Edílson fez bela jogada individual pela direita e foi ao chão na entrada da grande área. Falta, que o próprio Edílson cobrou forte para acertar o travessão de Victor.

A torcida do Botafogo se animou, e o time também. Conforme os alto-falantes do Maracanã iam anunciando os gols do Criciúma contra o Cruzeiro, no Mineirão – para alegria de ambos os lados da arquibancada -, Marcelo Mattos chutava para fora, e Rafael Marques quase marcava de cabeça, mas parava em Leonardo Silva.

Veio o segundo tempo, e o Botafogo deu a impressão que nem fora para o vestiário, mantendo o “pique” do fim da etapa inicial. Logo aos 3 minutos, Rafael Marques recebeu de Marcelo Mattos e chutou no canto. Victor salvou com a ponta dos dedos.

O gol veio quase na sequência. Aos 6, Julio Cesar tabelou com Gabriel e tentou tocar por cima de Victor, que fez linda defesa com a mão direita. Mas a bola voltou nos pés do próprio Julio Cesar, que só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes e sair comemorando.

O Atlético tentou responder com a entrada de Leandro Donizete no lugar de Josué. Mas o time seguia tendo dificuldades para colocar “fogo” em um jogo que se encaminhava para a monotonia, e não ameaçava, de fato, o gol do Botafogo.

O primeiro grande momento atleticano no segundo tempo finalmente veio aos 28 minutos, pela bola parada. Diego Tardelli cobrou falta na área e Fernandinho cabeceou para linda defesa de Jefferson. Na sobra, Jô recebeu cruzamento livre, mas errou na finalização e mandou a bola por cima. No minuto seguinte, o mesmo Jô tentou finalizar colocado, mas a bola saiu pela linha de fundo. O Atlético crescia.

Aos 34, o mesmo Jô recebeu passe em profundidade de Guilherme e finalizou para mais uma boa defesa de Jefferson. O centroavante tinha a opção de passar para Diego Tardelli, livre no lado direito, mas pareceu não ter notado a presença do companheiro.

Com o contra-ataque aberto, o Botafogo também teve as suas chances nos minutos finais. Mas ficou por isso: 1 a 0 para o time carioca, que respira aliviado com uma bela demonstração de força mental após uma derrota acachapante no meio de semana. O Atlético, por sua vez, segue “tocando o barco” no Campeonato Brasileiro, à espera do sonhado Mundial de Clubes em dezembro.

FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 1 X 0 ATLÉTICO-MG

Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 26 de outubro de 2013 (sábado)
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS)
Assistentes: Kleber Lucio Gil (Fifa-SC) e Marrubson Melo Freitas (DF)
Público e renda: 6.472 pagantes / 10.743 presentes; R$ 176.180,00
Cartões amarelos: Dória (Botafogo); Emerson (Atlético-MG)
Cartão vermelho: Não houve
Gol: Julio Cesar, aos 6 minutos do segundo tempo

BOTAFOGO: Jefferson; Edílson, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Seedorf (Lodeiro), Gegê (Octávio) e Rafael Marques; Alex (Sassá).
Técnico: Oswaldo de Oliveira.

ATLÉTICO-MG: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Emerson e Júnior César (Neto Berola); Pierre, Josué (Leandro Donizete), Luan (Guilherme), Diego Tardelli e Fernandinho; Jô.

Técnico: Cuca.

 

Fonte: Por Felipe Lyra, do Rio de Janeiro (RJ), para o ESPN.com.br

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