Após polêmica com Medina, surfistas ‘abrem guerra’ contra juízes; confira os fatos.
3 min readDo Zigzagdoesporte.com.br por ESPN.com.br.
A etapa de Trestles da Liga Mundial de Surfe (WSL) foi cercada de polêmicas envolvendo árbitros. No sábado, Gabriel Medina foi eliminado ainda na terceira rodada do torneio pelo norte-americano Tanner Gusdaukas. Já no domingo, o brasileiro deu início a mais uma ‘guerra’ dos surfistas contra os juízes.
Em uma postagem nas redes sociais, Medina disse estar “cansado”. Também através das mídias digitais, fãs do esporte demonstraram indignação e chamaram a WSL de “corrupta” e “vergonhosa”.
Mas as discussões começaram um dia antes do acontecido com o surfista brasileiro. Os australianos Matt Wilkinson – 2º na classificação – e Julian Wilson – 5º colocado – também participaram de baterias acirradas, mas perderam após a última tentativa, algo muito parecido com o que aconteceu com Medina – que ocupa a 3ª posição.
“É hora dos árbitros assumirem a responsabilidade pelas pontuações nos últimos dois dias. Talvez seja hora de colocá-los sob o microscópio, como fazem conosco”, criticou Wilson, que postou um vídeo com seus melhores momentos ao lado de Medina e Wilkinson. “Isso não é bom o bastante para vocês?”, questionou o atleta de 27 anos.
Depois disso, Wilkinson tomou parte da opinião de seu conterrâneo. “É difícil aceitar quando tomam decisões que afetam a vida das pessoas, mas não se importam em tomar a decisão certa e não são responsabilizados”, comentou.
O último a reclamar foi o francês Jeremy Flores. 30º na classificação geral, o surfista foi irônico e disse que já fez esse tipo de questionamento várias vezes nos últimos anos.
“Engraçado ver que todos estão postando besteiras sobre como os árbitros avaliam mal. Estou falando isso pelos últimos seis anos e já fui multado um milhão de vezes por pedir explicações”, falou Flores. “Agora estão todos acordando. A arbitragem é muito amadora para o tamanho desse esporte. Não me entenda errado, deve ser difícil ser um juiz, mas se não há juízes bom o bastante, não deveria haver tanto dinheiro envolvido”, argumentou.
Vale lembrar que as pontuações são analisadas por cinco árbitros que julgam cada onda de 1 a 10 pontos. Para o número final, a nota mais alta e a mais baixa são descontadas, e o surfista pontua de acordo com a média dos três outros juízes. Não há limite para ondas por surfista, mas as duas melhores são somadas e cada atleta pode receber até 20 pontos por bateria.
Possíveis multas aos que reclamam
Assim como disse Flores, a WSL possui uma lei que permite punir atletas que “ferem a imagem do esporte”. Segundo o regulamento, os surfistas podem receber multas que variam entre US$ 1 mil e US$ 50 mil por “ofensa”.
“Indivíduos não podem participar de qualquer conduta que cause danos à imagem do esporte. Por esse artigo, “danos” são definidos como qualquer ato que coloca o surfe ou a WSL sob luz negativa. Isso incluirá comentários ou transmissões em mídias sociais de responsabilidade dos surfistas”, cita o artigo t171 da Liga.