Já classificado para a Copa do Mundo de 2022, Brasil visita o Equador, em Quito, mais de cinco anos depois da estreia de Tite no comando. Confira tudo sobre o confronto.
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Por Carlos Fiúza de Salvador para o Zigzagdoesporte.com.br
A viagem a Quito para encarar o Equador, nesta quinta-feira (27), às 18h (de Brasília), traz sentimentos nostálgicos a Tite. Foi na mesma cidade que o técnico, então vitorioso em uma porção de clubes, fez sua estreia no comando da seleção brasileira, há mais de cinco anos.
Se Tite guarda excelentes lembranças daquele 1º de setembro de 2016, nem todos os jogadores que compõem hoje a seleção podem dizer o mesmo. Somente oito do time atual estiveram presentes no primeiro jogo do técnico gaúcho.
Naquela ocasião, o Brasil fez 3 a 0 no Equador, com dois gols do também estreante Gabriel Jesus e outro de Neymar, de pênalti. Tite escalou a seleção pela primeira vez com: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Renato Augusto; Willian, Gabriel Jesus e Neymar.
Passados 1.974 dias desse jogo, só menos da metade da equipe titular pode estar em campo logo mais. Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Casemiro e Jesus estão à disposição de Tite, como também estaria Neymar, não fosse uma lesão grave no tornozelo que o tira de ação por mais alguns dias.
Já Miranda, Marcelo, Paulinho, Renato Augusto e Willian, os demais ausentes, vivem outra situação. Seja por idade, concorrência e também desempenho, o quinteto deixou de figurar nas listas de Tite há tempos. Alguns têm mais chances de voltar, mas hoje a tendência é que não vistam mais a camisa amarela.
Outros três do grupo que esteve em Quito com Tite em 2016 seguem na seleção: o goleiro Weverton, que estava o Athletico-PR, tinha acabado de ser campeão olímpico e defende agora o Palmeiras, o meia Philippe Coutinho, na época estrela do Liverpool e hoje no Aston Villa, e o atacante Gabriel, então titular do Santos e atualmente ídolo do Flamengo.
Todos os demais ficaram pelo caminho, entre eles alguns que, hoje, soam até estranho em uma convocação de seleção brasileira. São os casos, por exemplo, do goleiro Marcelo Grohe (à época no Grêmio e desde 2018 no Al-Ittihad, da Arábia Saudita), do volante Rafael Carioca (ex-Atlético-MG e em sua quinta temporada no Tigres, do México) e especialmente Lucas Lima, então camisa 10 do Santos e que hoje defende o Fortaleza.
A lista de 2016 tinha também homens de confiança de Tite, como o lateral Fagner, o zagueiro Gil, o meia Giuliano e o atacante Taison, que haviam sido comandados pelo técnico no Corinthians e no Internacional, mas eles foram perdendo espaço aos poucos, assim como Filipe Luís, hoje no Flamengo, e Marcelo, em aparente fim de passagem pelo Real Madrid.
Na época, Tite justificou sua lista com o argumento de dar mais espaço a jogadores que atuavam no Brasil e já haviam trabalhado com ele, pelo pouco tempo para treinar. Também deu chance a sete jovens que haviam sido campeões olímpicos semanas antes, no Rio de Janeiro. Hoje a situação é diferente.
Já classificado à Copa do Mundo no Catar, o Brasil usa a reta final das eliminatórias para observação. É a chance para nomes que atuaram pouco até aqui mostrarem serviço à comissão técnica e outros se afirmarem, como por exemplo Vinicius Jr., Matheus Cunha ou Raphinha.