Histórico: Messi faz três, Barcelona vence jogaço com Real e embola a Liga Espanhola
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Por Thiago Arantes, de Madri, para o ESPN.com.br.
Superclássico. O nome dado ao duelo entre Real Madrid e Barcelona talvez não seja suficiente para explicar o que aconteceu neste domingo, 23 de março de 2014, no Santiago Bernabéu. Craques inspirados, ritmo alucinante, reviravoltas, polêmicas – infelizmente por erros do árbitro – e um placar que mantém viva a Liga Espanhola.
Real Madrid 3 x 4 Barcelona.
Um jogo para a história. Um jogo com três gols de Messi, que se tornou o maior artilheiro da história do clássico e o segundo maior do Campeonato Espanhol. Um jogo com um gol de Cristiano Ronaldo, que se isolou como quarto maior artilheiro do Real Madrid.
![Ainda no primeiro tempo, Messi recebeu dentro da área e chutou cruzado para empatar a partida Ainda no primeiro tempo, Messi recebeu dentro da área e chutou cruzado para empatar a partida](https://contenti1.espn.com.br/image/quadrada/350_b32323ff-ce0e-3db5-b959-bc8cfecd292d.jpg)
Um jogo com Di María inspirado, com Iniesta decisivo, com Messi e Cristiano Ronaldo onipresentes. Com mais uma vitória do camisa 10 argentino no duelo entre os dois melhores jogadores do mundo.
Mas um jogo, também, que provocará discussões intermináveis sobre a arbitragem de Alberto Undiano Malenco. O árbitro apitou três pênaltis em um duelo que teve apenas um. Uma atuação terrível, que poderia arruinar um jogo espetacular. Mas nem assim conseguiu.
A Liga, agora, tem três times separados por dois pontos. O Real Madrid e o Atlético de Madri têm 70; o Barcelona, 69. Restam dez jogos e uma disputa impressionante pela frente.
Real Madrid e Barcelona não demoraram para mostrar suas armas neste domingo. Sem muito estudo ou a tensão habitual que trava as equipes em grandes duelos, os dois times entraram ligados na partida e logo começaram a criar oportunidades de gol.
O primeiro chute a gol foi de Neymar, aos 3 minutos – o chute saiu fraco, rasteiro, e Diego López defendeu. Aos 4, foi a vez do Real Madrid, com Benzema. Chute mascado, sem perigo para Valdés.
Com o Real Madrid marcando em seu próprio campo, o Barcelona sentiu-se à vontade para tocar a bola no início do duelo. E foi de uma linha de passe bem característica da equipe catalão que saiu o primeiro jogo. Passe de Messi para Iniesta, pela esquerda, e conclusão perfeita do camisa 8. 1 a 0 no placar.
![Porém, Benzema empatou para o Real Madrid aos 20 minutos Porém, Benzema empatou para o Real Madrid aos 20 minutos](https://contenti1.espn.com.br/image/wide/325_d97c2a2c-52f6-3578-b198-9ab4da7db1c5.jpg)
Em desvantagem, o Real Madrid mudou a postura. Marcação adiantada, mais pressão na saída de bola do Barcelona… e Di María. O argentino, jogando muito aberto pela esquerda, aproveitava-se da fragilidade defensiva daquele setor do rival para fazer estragos.
Aos 19 minutos, ele cruzou pela esquerda e Karim Benzema concluiu de cabeça. A bola parecia fácil para Victor Valdés, mas o goleiro do Barcelona falhou, e o Real Madrid conseguiu igualar o duelo.
Di María era a grande figura da partida e, aos 23 minutos, voltou a aparecer bem. Mais uma vez, ele avançou pela esquerda e cruzou. Benzema dominou e, sozinho na área, chutou – agora sem chances para Valdés. 2 a 1 para o Real Madrid.
O jogo, em ritmo alucinante, parecia finalmente destino a ter alguns minutos de calmaria. Mas, não. Aos 25, novamente a dupla Di María-Benzema funcionou, e o francês só não marcou o terceiro porque Piqué tirou a bola em cima da linha.
O Barcelona, ainda assustado após levar dois gols em intervalo de tempo tão curto, demorou para se recompor e voltar ao jogo. E só retornou, de fato, pela genialidade de Lionel Messi. Aos 42 minutos, o argentino avançou, fez grande passe para Neymar e, ao receber de volta, chutou de perna esquerda para empatar mais uma vez o duelo.
![A reação de Valdés, goleiro do Barcelona, após o segundo gol de Benzema A reação de Valdés, goleiro do Barcelona, após o segundo gol de Benzema](https://contenti1.espn.com.br/image/wide/325_e8056470-a9ef-3298-93a7-66185599fa89.jpg)
Depois de um primeiro tempo alucinante, era de se esperar que a segunda etapa começasse mais devagar. Mas não foi o que aconteceu. Barcelona e Real Madrid não pareciam dispostos a desacelerar. Então, entrou em cena uma outra figura: o árbitro Alberto Undiano Malenco.
Aos 10 minutos, o juiz apontou pênalti para o Real Madrid quando Daniel Alves derrubou Cristiano Ronaldo fora da área; na cobrança, Cristiano Ronaldo fez 3 a 2, recolocando o Real na liderança.
Aos 20, ele viu pênalti de Sergio Ramos em Neymar; mais do que isso, expulsou o capitão do Real Madrid. Messi cobrou para fazer 3 a 3, em mais uma reviravolta de uma partida espetacular.
Ainda havia muito jogo pela frente. E outro pênalti no meio do caminho. Outra reviravolta. Aos 32, Xabi Alonso e Varane travaram a passagem de Iniesta dentro da área.
Novo pênalti. Novo gol de Messi, o terceiro. O último gol de um jogo para a história.